Na contramão do mercado de imóveis novos, as vendas de usados estão em queda. A constatação é de pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) que detectou recuo de 2,21% na comercialização em junho ante o mês de maio.

Segundo o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, o resultado negativo interrompeu uma seqüência de três meses de resultados positivos. Em março as vendas haviam crescido 1,17%, sendo mais 1,82% em abril e 2,69% em maio.

As restrições para a aprovação de crédito e a deficiência de financiamentos – de 100% do valor do imóvel – foram as principais justificativas para o desempenho ruim em junho.

“O Creci-SP já entrou em contato com a Caixa Econômica para reavaliar o valor dos financiamentos, com a proposta de 100% para imóveis usados no valor de até R$ 100 mil”, avisa Viana. A revisão desse valor máximo, segundo ele, pode reverter o atual quadro.

Aluguel- Assim como as vendas, as locações de casas e apartamentos também caíram em junho. O número de imóveis locados em São Paulo foi 2,89% menor ao de maio.

Dentre os imóveis mais alugados, ficaram aqueles com valores de até R$ 600, que representaram 60,78% do total de novos contratos.

Os aluguéis que mais subiram no mês passado (5,04%) foram os de casas de dois dormitórios situadas na Zona Norte, em bairros como Brasilândia e Vila Indiana. Nesses locais, os preços deram salto de R$ 414 para R$ 434,87 no período.

A maior baixa ficou por conta das residências de dois dormitórios, com destaque para os bairros Aricanduva, Vila Prudente e Penha. Os preços locação cederam 5,48%, de R$ 538,21 para R$ 508,70, em média.

Inadimplência - O Creci-SP apurou ainda que a devolução de imóveis por inquilinos foi 6,35% menor em junho do que em maio. Já o número de locatários inadimplentes nas imobiliárias pesquisadas cresceu 6,03%.