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Faturamento da indústria cresce 9,9% em 2010, diz CNI
Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
11/02/2011 | 07:17
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O setor industrial, de forma geral, teve forte expansão em 2010 em relação ao ano anterior, tanto no que se refere ao faturamento quanto ao nível de emprego, entre outros indicadores.

É o que aponta pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada ontem. Pelo estudo, as vendas das fabricantes, em média, cresceram 9,9% no ano passado frente a 2009, as contratações tiveram 5,4% de impulso e o rendimento médio real (descontada a inflação) subiu 0,5%.

A boa performance foi atribuída pela CNI, sobretudo, à aceleração da atividade nos primeiros meses do ano. No primeiro trimestre de 2010, ainda estavam em vigor incentivos tributários - como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros e eletrodomésticos - que colaboraram para o aquecimento da economia.

Outro fator que influenciou a alta dos indicadores industriais, segundo o gerente-executivo da unidade de política monetária da entidade, Flávio Castelo Branco, foi o fraco desempenho das fabricantes em 2009.

ACOMODAÇÃO - Apesar da melhora em 2010, faturamento e emprego tiveram retração em dezembro frente a novembro, sinalizando tendência de ritmo lento em 2011. "Não vai ocorrer crescimento tão forte quanto o do ano passado, as projeções são de expansão de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) da indústria", afirmou o economista Marcelo De Ávila, da CNI.

O último mês do ano é normalmente fraco para a atividade das fábricas - muitas das quais colocam os trabalhadores em férias coletivas -, mas mesmo descontando os fatores sazonais, as vendas do setor recuaram 0,6% e as vagas diminuíram 0,5%.

Foi a primeira vez em 18 meses que o emprego registrou redução. Ávila avalia que não é possível falar em processo de demissões, mas sim em acomodação para patamar de expansão menos expressiva.

OUTROS INDICADORES -  indicador de horas trabalhadas (também descontando a sazonalidade) na indústria também diminuiu no último mês do ano, com queda de 2,2% em comparação com novembro.

Por sua vez, a utilização de capacidade instalada, apesar do corte de vagas e da redução das horas de trabalho, cresceu 0,2 ponto percentual e atingiu 82,8%. Ainda assim, está 0,5% abaixo do nível observado no período pré-crise, ou seja, setembro de 2008.




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