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Vítimas da repressão stalinista são homenageadas em Moscou
Da AFP
29/10/2007 | 13:54
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Os antigos presos e sobreviventes dos campos stalinistas se reuniram nesta segunda-feira em Moscou diante da sede do FSB (ex-KGB), na praça de Lubianka, para prestar homenagem aos prisioneiros políticos fuzilados entre 1937 e 1938.

Das 10h às 22h locais (5h às 17h de Brasília), 150 pessoas vão ler uma lista com os quatro mil nomes de pessoas fuziladas na época.

"Em Moscou, aproximadamente 30 mil pessoas foram fuziladas sem terem sido julgadas entre agosto de 1937 e novembro de 1938", afirmou Serguei Krivenko, um dos responsáveis pela ONG russa Memorial de direitos humanos.

No total, cerca de 725 mil prisioneiros políticos foram fuzilados na União Soviética neste período, de acordo com a ONG que ajuda os sobreviventes dos campos stalinistas.

"É a primeira vez que organizamos uma ação como esta para lembrar o 70° aniversário destas repressões", explicou Krivenko.

"Hoje em dia, a juventude se interessa pouco pela história e um novo culto, o de Vladimir Putin, está se desenvolvendo", avaliou Galina Smirnova, 76 anos, que passou cinco anos em um campo na Sibéria, acusada pela criação de uma organização de jovens "anti-soviéticos".

Uma manifestação de ONGs russas está prevista para esta terça-feira às 18h (13h de Brasília) por ocasião do Dia do Prisioneiro Político.

O presidente Vladimir Putin deve se dirigir ao monumento levantado em Boutovo, no subúrbio de Moscou, onde mais de 20 mil prisioneiros políticos foram executados e enterrados entre 1937-38.




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