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Sindicato quer garantir emprego com novo carro
Por Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
12/03/2006 | 08:18
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A chegada de parte da produção de um novo veículo compacto e popular à Volkswagen, de São Bernardo, será usada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT) como argumento para conseguir a renovação do acordo de estabilidade na unidade, que vence em novembro.

As negociações com a montadora já começam no primeiro semestre. Para a entidade, a manutenção do nível de empregos é necessária como forma de garantir a fabricação desse automóvel na unidade.

O presidente do sindicato, José Lopez Feijóo, destacou que também é preciso renovar o acordo porque a empresa não informa se o novo produto será incorporado ou irá substituir um modelo já existente. Na avaliação do sindicalista, a preservação do acordo protegeria os cerca de 12,4 mil trabalhadores da fábrica. “Essa situação ainda gera insegurança na categoria.”

Por outro lado, Feijóo considerou positiva a produção de um novo veículo na fábrica da Volkswagen no Grande ABC. “Todo produto que chega é sempre bem vindo porque é volume maior de serviço e demanda mais trabalhadores na linha de produção.”

O vice-presidente do sindicato e diretor na Volkswagen, Francisco Duarte de Lima, o Alemão, salientou que a renovação do acordo de estabilidade também garante a permanência da produção do novo carro para a fábrica de São Bernardo. “Com ele, queremos que a Volkswagen possibilite um bom volume de produção e permita um bom nível de serviços para os trabalhadores da unidade.”

Assembléias – Alemão adiantou ainda que o sindicato já programou assembléias com os funcionários da Volkswagen para discutir a renovação do acordo de estabilidade, que serão realizadas nos dias 25, 26 de março e 8 de abril. A manutenção do nível de empregos na Volkswagen foi fechado em novembro de 2001 com a matriz alemã e tem cinco anos de vigência.

A medida foi acertada para evitar cortes devido ao recuo das vendas motivado pela crise energética gerada pelo apagão. Após várias reuniões, o então presidente do sindicato, e atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi à Alemanha e firmou um acordo inédito que preservou 3 mil empregos.

Essa garantia foi dada porque a matriz modificou a decisão da direção brasileira da montadora, que havia demitido esse contingente depois de fracasso das negociações.




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