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Bird diz que conseguirá verba para aliviar dívidas
Da AFP
29/09/2002 | 14:39
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O presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, disse neste sábado que confia na generosidade dos países contribuintes para obter o bilhão de dólares necessário para o prosseguimento do programa de alívio das dívidas dos países mais pobres (HIPC).

A iniciativa, que o Bird realiza com o Fundo Monetário Internacional (FMI), requer financiamento adicional devido à recessão mundial que afetou os preços dos produtos primários, principal fonte de renda dos países em desenvolvimento.

"Aparentemente conseguiremos o bilhão de dólares", disse Wolfensohn ao final da reunião do Comitê de Desenvolvimento, que orienta as políticas do Bird e do FMI.

O ministro britânico das Finanças, Gordon Brown, disse um pouco antes que vários países contribuintes assumiram compromissos concretos para cobrir o valor (US$ 1 bilhão).

O Comitê de Desenvolvimento também apelou à comunidade internacional para que se esforce no objetivo de prover educação básica para todas as crianças do mundo até 2015, cumprindo uma das chamadas Metas do Milênio estabelecidas pelas Nações Unidas.

O comitê também somou-se ao Grupo dos 24, que representa os países em desenvolvimento nas instituições de Bretton Woods, ao pedir as nações industrializadas que abram seus mercados aos produtos dos países em desenvolvimento.

"O comércio tem importância crucial como fonte de crescimento e redução da pobreza", destacaram os ministros.

"É essencial que os países desenvolvidos façam mais para abrir seus mercados e eliminar seus subsídios, que distorcem o comércio de produtos que representam o maior potencial de exportações para os países em desenvolvimento, a exemplo de grãos, tecidos e confecções".

Na sexta-feira, o economista-chefe do Banco Mundial, Nicholas Stern, acusou os países ricos de "hipocrisia" ao insistir na abertura dos mercados dos países em desenvolvimento enquanto protegem os próprios mercados com subsídios e barreiras de todo o tipo. "Os países ricos devem dar o exemplo" disse Stern.




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