Elas são minoria nas unidades prisionais. Para cada 20 homens, há uma mulher atrás das grades, segundo dados do Ministério da Justiça. Mas seus crimes impressionam pela meticulosidade.

A prostituta Aileen Wuornos, considerada a primeira serial killer das Américas, inspirou um filme estrelado por Charlize Theron. Monster narra sua vingança contra os homens que a maltrataram.

E não é necessário ir tão longe para constatar o magnetismo exercido por essas vilãs. Na década de 1970, Djanira Ramos Suzano, a Lili Carabina, seduzia guardas de bancos aqui no Brasil para que sua quadrilha pudesse roubá-los. Assim como Aileen, Lili também teve sua história exibida na telona.

Segundo especialistas, dificilmente elas agem por impulso. Planejam em detalhes suas ações antes de colocá-las em prática. Também é assim com uma quadrilha de mulheres assaltantes que a Polícia Civil de Mauá tenta prender.

Elas assaltam pequenos estabelecimentos comerciais da cidade comandados por outras mulheres. Passam-se por clientes e, de repente, anunciam o roubo. Fogem a pé, sem levantar suspeitas, com as sacolas das lojas nas mãos.

Mas crimes como a série de assassinatos cometidos por Aileen Wuornos ou os assaltos da quadrilha de Mauá não são os mais comuns entre as mulheres. Segundo o Ministério da Justiça, a maioria delas está presa por tráfico de drogas.

AGRESSIVIDADE - Entre os homens, a situação é inversa. O crime mais cometido é roubo. “Por sua estrutura física e biológica, ele age com a força bruta”, explicou o psiquiatra forense Guido Arturo Palomba, presidente da Associação Paulista de Medicina.

“Entre as mulheres, quando há necessidade de se aplicar força, em muitos casos alguém o faz por ela”, disse Palomba. Apesar das diferenças, o objetivo de homens e mulheres na criminalidade é o mesmo: o dinheiro fácil.