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Medicina ABC testa remédio contra asma
Valéria Cabrera
Do Diário do Grande ABC
01/05/2005 | 18:01
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Crianças entre 6 e 11 anos do Grande ABC com asma ou bronquite asmática poderão participar de uma pesquisa mundial que vai testar a eficácia de um novo medicamento para prevenção de crises. A Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, um dos centros responsáveis pela pesquisa no Brasil, recebe a partir de segunda-feira até o dia 13 deste mês inscrições de pacientes com asma persistente (leve ou moderada), bronquite asmática ou que tenham de fazer inalação constantemente (uma ou mais vezes por semana). O tratamento é totalmente gratuito.

As crianças com esse perfil devem marcar triagem no setor de Pneumologia da Faculdade de Medicina, que fica na avenida Príncipe de Gales, 821, em Santo André. O agendamento deve ser feito com Aline ou Regina, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, no telefone 4993-5469.

O tratamento, patrocinado por uma laboratório alemão, tem duração de quatro meses. Nas primeiras semanas, o paciente terá de ir de duas a três vezes por semana até o ambulatório de pneumologia da faculdade para exames e orientação. A partir do segundo mês, as visitas serão mensais. O novo medicamento, que é inalatório e deve ser usado duas vezes por dia, controla os sintomas da doença e previne lesões nos pulmões.

O médico pneumologista Elie Fiss, professor titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina e coordenador da pesquisa, explica que a medicação em estudo já passou por diversas avaliações preliminares que comprovam sua segurança. “A pesquisa vai coletar dados para confirmar se o novo remédio é mais eficiente que outros medicamentos que já estão no mercado”, conta.

Em todo o mundo, 750 crianças já iniciaram os testes com o novo medicamento, sendo 140 no Brasil. Não há número limite de inscrições no Grande ABC. “Vamos testar o medicamento em todas as crianças que se enquadrarem no processo”, afirma o coordenador da pesquisa.

A doença – A asma e a bronquite asmática, que na prática são a mesma doença, ou seja, a inflamação alérgica das vias aéreas que ocorre em pessoas com pré-disposição genética, atingem cerca de 20% de crianças e adolescentes. “As crises se intensificam nesta época do ano por causa da queda da temperatura e do aumento da poluição”, explica a médica Neusa Falbo Wandalsen, coordenadora do Ambulatório de Alergia e Imunologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC, que também participa da pesquisa.

A pediatra afirma que o controle da doença é muito importante, principalmente em crianças, para que não haja seqüelas. Os sintomas iniciais são tosse, falta de ar e chiado no peito. “Na crise, o pronto-socorro deve ser procurado o mais rápido possível. Mas depois, o paciente deve procurar um médico para tratamento e acompanhamento da doença.”



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