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Cuba exige volta de Elián nas comemoraçoes do dia 1º
Do Diário do Grande ABC
01/05/2000 | 13:18
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Uma multidao tomou conta da Praça da Revoluçao, na capital cubana, Havana, nesta segunda-feira, para a comemoraçao do Dia do Trabalho que, este ano, conta com a campanha pelo retorno do menino Elián González. "Todos à Praça", pediram nos últimos dias os principais jornais do país para que os cubanos comparecessem aos diversos locais de concentraçao.

Em Havana, milhares de pessoas, muitas com a imagem de Elián estampada nas camisas, se reuniram para ouvir o primeiro discurso de Fidel Castro no Dia do trabalho depois de uma pausa de vários anos. As ruas ao redor da Praça da Revoluçao também estavam lotadas.

Castro acusou os Estados Unidos de tentarem reter por tempo indeterminado Juan Miguel González, pai do menino náufrago Elián, com a ``esperança de seduzí-lo' para que o menino nao volte a Cuba.

O propósito é ``atingir moralmente um povo altivo e heróico', disse Castro para milhares de cubanos que participavam da comemoraçao do primeiro de maio, na Praça da Revoluçao.

Durante o ato, Castro recebeu o telefonema de Juan Miguel González, que está nos Estados Unidos a espera da sentença da corte de Atlanta, que deverá decidir dentro de dez dias se o menino tem o direito de pedir asilo.

Castro questionou a honestidade da corte. ``O risco de que o tribunal de Atlanta decida que o menino tem direito ao asilo, é real'.

Ao terminar seu discurso, Castro convocou os manifestantes a marchar por várias ruas até uma grande concentraçao frente a Seçao de Interesses dos Estados Unidos em Havana, na praça Antiimperialista José Martí. ``Já vim calçado com tênis, pronto para a marcha', disse Castro usando seu tradicional uniforme verde-oliva.

Os jornais também pediram que as pessoas usassem tênis para uma caminhada de três quilômetros até a representaçao americana depois do discurso.

Em anos anteriores, Castro presidiu as comemoraçoes, mas deixou o palanque para os dirigentes sindicais e outros colaboradores. Desta vez, o ato teve caráter extraordinário que o governo classificou de "tribuna aberta".

Desde cedo os habitantes de Havana se concentraram na Praça da Revoluçao, onde ainda nesta segunda-feira Castro pronunciará um discurso.

Posteriormente, segundo foi anunciado oficialmente, ``as massas combatentes desfilarao' por várias ruas, para concentrar-se na praça antiimperialista José Martí, em frente à Seçao de Interesses dos EUA em Havana.




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