Esportes Titulo Reestruturação
Netuno não contratou projeto de marketing, afirma Edinho
Por Felipe Simões
06/06/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Se Pelé arrasta multidões por onde passa, pode-se dizer o mesmo de Edinho, seu filho, apresentado na terça-feira como novo técnico do Água Santa até o fim da Série A-2 do Paulista de 2017. A sala de imprensa do Estádio do Inamar nunca esteve tão cheia de profissionais de mídia – cerca de 50 –, que dividiam o abafado espaço com diretores do clube, políticos da cidade, amigos e convidados. Nem o campo estava acostumado a tanta gente – foi tomado por cerca de 1.000 integrantes do Projeto Água Santa, ação social voltada para as crianças carentes, que fizeram a festa ao abraçar o herdeiro do Rei do Futebol, que promete reestruturar as categorias de base do clube diademense.

“O sucesso que o Água Santa teve no campo, o clube não teve como acompanhar em termos de estruturação. Foi uma ascensão meteórica e o clube ainda é o mesmo que começou essa história. O meu objetivo é fazer com que se permita um crescimento equilibrado e progressivo. Isso remete a vários passos e etapas que vamos conquistando para que as categorias de base sejam o sustento para servir à equipe”, afirmou Edinho.

“Paralelo a isso, temos a Copa Paulista. Neste momento será feita uma exceção e vamos construir uma equipe com a mescla de experiência e juventude. É importante ter jogadores experientes no grupo, porque o jovem precisa ter referência. E só jogando você não adquire isso com a mesma dinâmica”, ressaltou. Até agora, só o meia Josa, 31 anos, ex-Ituano, foi anunciado.

Questionado sobre sua contratação por conta da imagem de seu pai, Edinho afirmou que isso não foi preponderante em sua chegada.

“Claro que é o filho do Pelé e tem essa euforia, mas aqui tem um profissional. O Água Santa está contratando um profissional, não um projeto de marketing. Um profissional que vai nortear o clube no caminho do sucesso”, assegurou o ex-goleiro.

E, se depender do Rei do Futebol, Edinho terá todo o apoio para se dar bem. Ele revelou que Pelé ficou feliz em saber de sua nova empreitada e desejou sorte no trabalho. 

“(Ele desejou) Muita sorte, gostou muito. Quando contei a história do clube e o que vamos fazer, ele só apoiou”, comentou o treinador. “A surpresa maior foi quando virei goleiro. Acredito que ele já esperava que eu seria treinador ou dirigente”, complementou.

Essa não é a primeira vez que Edinho passa por um clube da região. Entre as temporadas 1992 e 1993, ele defendeu o São Caetano e viveu um acesso à Série A-1 do Paulista e uma queda à Série A-2, no ano seguinte. Mas a principal lembrança do Grande ABC era a condição climática. 

“Lembro do frio”, brincou o ex-goleiro. “Foi uma passagem importante, porque trabalhei com jogadores experientes”, recordou, sem nomear os companheiros.

“Tive uma carreira curta, com menos de dez anos, mas muito feliz. Fui atleta da Portuguesa Santista, joguei no São Caetano, no Santos, defendi a Ponte Preta. Não seria rodado, mas já bastante experiente e com grandes amizades”, afirmou Edinho.

“Tenho 26 anos como profissional do futebol. Desde 1990 sou atleta, integrei durante oito anos a comissão técnica permanente do Santos, trabalhando com os maiores profissionais do futebol brasileiro. É isso que trago para o Água Santa”, sintetizou o novo técnico do clube.




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