Imagine passar pela Rua Cel. Oliveira Lima, no centro de Santo André, em uma típica quarta-feira à tarde e se deparar com uma orquestra montada. Esse já é um acontecimento um tanto quanto diferente, mas não para por aqui. Ontem, nessa rua, alguns munícipes que estiveram por lá puderam viver a experiência de ser maestros por um dia e reger a Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André).
Essa foi a iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo de Santo André: promover uma espécie de flash mob – quando uma apresentação começa sem que o público espere – no centro urbano. Alguns, entre as cerca de 220 pessoas que se aglomeraram no local, puderam estar à frente do conjunto. Bastava sortear uma música, levantar as mãos e sentir-se no comando de espetáculo de sons e sentimentos.
“A ideia é aproximar a orquestra do público que até então não tem tanto contato com este tipo de música por meio de composições mais populares”, conta Natália Laranjeira, 28 anos, que é regente assistente da Ossa. Entre as canções apresentadas estavam sucessos de Gioachino Rossini e a marcha imperial de Darth Vader, da franquia Star Wars.
Entre ‘maestros’ de todas as idades, a funcionária pública Mônica Negrão, 50, se divertiu à frente dos músicos. “Eu faço parte de coral na minha igreja, em São Caetano, e me coloquei para reger. Vibrei com isso, a música mexe com o interior da alma”, diz.
Quem fechou as apresentações foi a estudante andreense Marcela Bocohino, 19, que também sonha em ser maestrina. “É muito mais difícil do que parece, mas vale a pena. Queria ver mais vezes iniciativas assim”, dispara.