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Dono de boate diz que Luciana era garota de programa
Por Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
06/09/2001 | 01:43
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Luciana dos Santos Souza, 24 anos, também conhecida como Jenifer, participante do seqüestro de Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos, trabalhou como garota de programa, até o final de julho, na boate Xanadu, localizada no Centro de Diadema. A afirmação é do proprietário da boate, Márcio Burgos, e de colegas que trabalham no local. Outra participante do seqüestro, Tatiane Pereira da Silva, 18, também trabalhou na boate pelo mesmo tempo que Luciana, cerca de 40 dias.

As duas eram namoradas dos irmãos Fernando e Esdras Dutra Pinto, principais autores do seqüestro, e vigiavam Patrícia no cativeiro, uma casa no Morumbi.

Burgos também afirmou que elas moraram no local durante esse período. Segundo depoimento das duas à polícia, elas afirmaram que haviam saído de casa para trabalhar e morar nas dependências de um restaurante em Diadema.As duas foram presas na terça — Luciana em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e Tatiane em Campinas.

Antes de sair definitivamente da boate, Luciana teria afirmado, segundo uma colega de trabalho, que iria se casar e que seu namorado, Nando (Fernando Dutra Pinto, mentor do crime) havia alugado uma casa no Morumbi, em São Paulo. Outra colega disse ter escutado de Luciana outro motivo. “A Cabelinho (seu apelido na boate, por mexer constantemente nos cabelos para disfarçar cicatrizes na testa originárias de um acidente de carro) me disse que iria levantar uma boa grana; ou dava certo ou se estrepava de vez”, afirmou.

Em outro depoimento, uma colega disse que Luciana e Tatiane saíram de repente da boate porque Fernando Dutra havia matado um homem no dia 28 de julho, em São Miguel Paulista, e que, por isso, rapidamente se mudou para a casa no Morumbi.

Burgos afirmou que as duas garotas responderam a um anúncio em um jornal no final de junho, cerca de 15 dias após a boate ser inaugurada. “A Luciana e a Tatiane me telefonaram e disseram estar interessadas em trabalhar em minha boate. Fui buscá-las em frente ao terminal de ônibus do Jabaquara, em São Paulo, onde estavam com as malas, e as levei até a boate. Quando começamos a conversar, disseram que estavam com dificuldades na família e que, no momento, vendiam produtos no farol”, disse.

Segundo as companheiras, as duas garotas não bebiam e também não utilizavam drogas. “A Tati e a Cabelinho não se metiam em confusão e não eram chegadas em drogas e também não bebiam. Só queriam trabalhar e ajudar a família”, disse.




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