Marcos Arakaki, 31 anos, ex-regente assistente da Orquestra Sinfônica de Santo André, passou com mais cinco candidatos para a segunda etapa do II Concurso Internacional de Regência Orquestral da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), que será realizada nesta sexta, a partir das 10h, na Sala São Paulo. Solielson Goethe, 32 anos, de Santo André, fundador e regente da Philarmônica São Paulo, não ficou entre os semifinalistas.

A primeira fase foi realizada nesta quinta. Arakaki e Goethe regeram a sinfonia Don Juan opus 20, de Richard Strauss, e as sinfonias 99, para Goethe, e 102 para Arakaki, de Haydn. Arakaki convenceu o júri, regendo por aproximadamente 20 minutos com segurança. Já Goethe não teve a mesma sorte. O regente andreense avalia que “foi bem no que se propôs a fazer, apesar do tempo reduzido definido por John Neschling ( diretor artístico da Osesp desde 1997, e presidente do júri)”.

Em sua segunda participação no concurso – ano passado ficou entre os finalistas quando ninguém foi selecionado – Arakaki afirma que, apesar de querer muito ter entrado à época, foi bom não ter passado naquela oportunidade, pois perderia a chance de participar do Festival de Aspen, nos Estados Unidos, e de ser regente titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, ambos em 2005, o que lhe rendeu mais experiência e segurança para participar do concurso da Osesp novamente. “Hoje estou muito mais preparado”, afirma.

Sobre o que significa trabalhar como regente assistente na Osesp, Arakaki faz uma comparação interessante: “O que é melhor para um jogador de futebol, ser o Romário em um time da terceira divisão, ou um jogador mediano num da primeira?”. Ele diz que a Osesp “é um estágio diferente, o músico está no olho do furacão da música erudita”. A Osesp é o mais importante conjunto sinfônico da América Latina.