O poderoso grêmio de professores do Estado mexicano de Oaxaca (sul) pediu uma nova consulta aos seus 70 mil integrantes para decidir se continuam uma greve que já dura cinco meses, depois de terem decidido numa assembléia o fim da greve.

Depois de uma assembléia que se prolongou por mais de 12 horas, os professores resolveram na manhã de domingo pedir uma nova votação devido ao descontentamento de setores internos com a votação que encerrou a greve.

A nova consulta será realizada na terça e na quarta-feira e, no dia seguinte, haverá uma assembléia para definir a "volta imediata" às aulas ou a manutenção da greve "até que ocorra a renúncia" do governador do Estado, Ulises Ruiz, a quem acusam de corrupto e repressor.

A decisão de reverter o resultado da votação ocorreu diante do risco de uma divisão no grêmio, disse uma fonte sindical.

A cidade de Oaxaca, de cerca de 600 mil habitantes, vive um agitado clima político com centenas de barricadas instaladas em pontos estratégicos por professores e organizações sociais e a ocupação de escritórios governamentais.