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Com Darth Vader, à meia-noite
Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
20/05/2005 | 08:47
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Foi ao primeiro minuto de quinta-feira que Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith iniciou seu caminho em direção ao topo das bilheterias brasileiras, numa pré-estréia especial que antecedeu o lançamento oficial, também quinta-feira, em 15 salas do Grande ABC. A prévia foi um indício de que o sexto filme da série de George Lucas deve arrebatar multidões. Somente nas quatro sessões marcadas às 0h01 de quinta, no ABC Plaza (Santo André) e no Extra Anchieta (São Bernardo), foram vendidos 979 ingressos, dos 1.008 disponíveis na região.

O Diário acompanhou uma das sessões, no ABC Plaza, com esses intrépidos espectadores que em noite de Choque-Rei (Palmeiras x São Paulo) preferiram conhecer em primeira mão o destino de Darth Vader.

A expectativa entre o público era das melhores. Moisés Bentolilla, 47 anos, e o filho Rafael, 13, estavam radiantes para assistir ao filme que funciona como elo de toda a saga. “Foram meu pai e minha mãe que me apresentaram Star Wars quando eu tinha cinco anos. Desde então, a gente tem essa expectativa para ver como se fecha a história”, diz Rafael, que só discorda do pai, também fã de Guerra nas Estrelas, quanto ao personagem preferido; ele gosta do jedi Qui-Gon Jinn, enquanto Moisés é chegado a Luke Skywalker.

Vanessa Nunes, 23 anos, também esperava grande coisa do Episódio III, apesar de não ter gostado de um outro capítulo de Star Wars que tinha assistido, cujo nome não lembrava e do qual vira apenas “uns pedaços”. Fã de animação, Vanessa nutria esperanças de um grande filme desta vez. “Ah, por causa dos efeitos especiais, né? E também porque o tal do Darth Vader vai se revelar”.

Melhor que a encomenda – A dupla Carla Lanciano, 23, e Juliana Real, 26, foi “arrastada” para o cinema pelo amigo Leandro Naves, 23, que diz ter assistido aos cinco filmes anteriores de Star Wars “umas três vezes cada um”. Ao fim da sessão, satisfação garantida. “Superou minhas expectativas. Gostei muito do filme, apesar de tê-lo achado muito triste”, afirma Carla, que pretende sucumbir à febre de Star Wars. “Tô louca para ver ou rever todos os outros”. A amiga Juliana, que confessa ter chorado em certos instantes da exibição, endossa a opinião de Carla ao considerar A Vingança dos Sith “sensacional”, “emocionante” e “inteligente”.

E não podia faltar um jedimaníaco de carteirinha: Odair Prudêncio, 51 anos, compareceu à pré-estréia com sua “camisa da sorte”, um item oficial de Star Wars comprado em Miami, onde ele assistiu ao primeiro filme da série, Episódio IV – Uma Nova Esperança, em 1978. Perguntou à reportagem se A Vingança dos Sith é bom mesmo. Diante da resposta de que o Episódio III seria o melhor da série de seis, replicou: “Eu acho que você exagerou. É ótimo e tudo, mas algumas coisas deixaram a desejar. A participação do Darth Vader, por exemplo, é muito pequena”. O fã fala com a propriedade de quem tem no quarto um uniforme do arquivilão, confeccionado nos mínimos detalhes por ele próprio, e que se orgulha de reproduzir com a voz gutural a respiração e os diálogos de Vader, o lorde do “dark side of the Force” (lado negro da Força). Nem precisa dizer qual o personagem predileto de Prudêncio.




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