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Alunos burlam lei e continuam usando celular em sala de aula
Por Vanessa Selicani
Especial para o Diário
17/10/2007 | 07:17
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A lei estadual que proíbe celulares em sala de aula começou a valer terça-feira, e parece não ter intimidado os estudantes. Eles antes burlavam o que já era considerado norma em algumas escolas e pretendem continuar usando a tecnologia para não seguir a lei.

O Bluetooth, serviço que troca arquivos por ondas de rádio de um celular para outro, é a nova arma. “Escondemos os aparelhos embaixo da mesa e conseguimos passar todas as respostas das provas pelo Bluetooth. Os professores nem vêem que estamos utilizando o celular”, explica a estudante de São Bernardo, Mayara Kraimer, 16 anos.

Ela e as amigas, Krislainy Kleque e Fernanda Pereira da Silva, ambas de 15 anos, dizem que não conseguem se ver longe do aparelho.

“Estou com ele 24 horas. Funciona como relógio e para saber o que está acontecendo lá fora”, conta Krislainy.

A dirigente de ensino de São Bernardo e São Caetano, Suzana Aparecida Dechechi de Oliveira, diz que falar em celulares nunca foi permitido durante as aulas, mas que a lei dá peso à regra.

“Quando retirávamos o aparelho do aluno, alguns pais vinham reclamar que não estava escrito em nenhum lugar que era proibido usar na sala”, explicou.

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), criador da lei, defende a idéia e diz que nem toda escola reprimia os celulares.

“Foi um pedido dos professores que vinham conversar comigo. Alguns alunos chegavam até a tirar fotos da prova e enviar pela internet para outra pessoa responder”, relatou o deputado.

A lei foi sancionada na sexta-feira passada pelo governador. Ele tem 90 dias para regulamentá-la, determinando as punições e que séries serão atingidas. A idéia é que cada escola crie suas próprias normas. O que vale para todas é a proibição do aparelho.



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