Economia Titulo
Bancos: 1,6 mil vagas no Grande ABC com atendimento estendido
Por Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
04/12/2004 | 12:42
Compartilhar notícia


A ampliação do horário de atendimento bancário poderá gerar 1,6 mil postos de trabalho na região, segundo estimativa do Sindicato dos Bancários do ABC. A proposta de ampliação foi discutida na última quinta-feira em reunião entre bancários ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e diretores do BC (Banco Central).

O Grande ABC possui aproximadamente 7 mil bancários. Atualmente, o horário de funcionamento dos bancos é regulamentado por instrução do BC, que prevê expediente mínimo de seis horas e abertura obrigatória das agências entre 12h e 15h.

"A ampliação do horário de funcionamento dos bancos é uma reivindicação antiga do movimento sindical e é positiva por dois motivos: vai gerar mais empregos e resultará num atendimento melhor para seus usuários", afirmou Vagner de Castro, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC. Os sindicalistas aguardam agora um parecer jurídico do BC para continuarem a campanha.

No dia 27 de outubro, o banco HSBC ampliou o horário de funcionamento de 111 agências em todo o país, sendo quatro no Grande ABC, que passaram a funcionar entre 9h e 18h. Elas funcionarão neste horário até o final de dezembro, e poderão permanecer com o horário ampliado em 2005, dependendo da avaliação do banco.

A ampliação do horário do HSBC não gerou novos postos de trabalho. Segundo o banco, o número de funcionários deslocados para o atendimento é igual à quantidade de bancários que seriam demitidos - cerca de 200.

"Essa justificativa é equivocada, porque precisamos de novos trabalhadores. Estamos registrando sobrecarga de trabalho e atribuições para funcionários dos banco na região. Estamos em contato com a diretoria do HSBC para resolver essa situação", afirmou Castro.

Químicos - O Sindicato dos Químicos do ABC, ligado à CUT, reúne-se no próximo dia 7 com os sindicatos de São Paulo, Osasco, Campinas e São José dos Campos com o objetivo de discutir uma estratégia jurídica para a disputa judicial que está sendo esperada da negociação com o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo).

A CNQ (Confederação Nacional dos Químicos), que negocia oficialmente com o sindicato patronal, descartou a hipótese de se chegar a um acordo pelas negociações diretas. O setor possui cerca de 3 mil trabalhadores no Grande ABC. Nesta sexta-feira, os funcionários da indústria farmacêutica Laboratórios Klinger, de São Bernardo, realizaram assembléia para discutir o reajuste da categoria. Eles ainda aguardam proposta da diretoria da empresa.

Agressão - Continua internado no Pronto-Socorro Central de São Bernardo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário de São Bernardo, Joaquim de Oliveira da Silva, 54 anos, que foi agredido por funcionários da empresa Pirâmide, que produz móveis.

A agressão aconteceu na última quinta-feira, quando o sindicato e o Ministério do Trabalho realizaram fiscalização na empresa. Waldemar Pires de Oliveira, presidente do sindicato, afirmou que acontecerá um ato em frente à empresa na semana que vem.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;