Um morcego com o vírus da raiva foi encontrado no 4º andar de prédio comercial na Rua Campos Sales, no Centro de Santo André. A presença da doença no animal foi comprovada em exames no Instituto Pasteur, na Capital. O caso aconteceu no dia 2. De lá para cá, quem tem comércio na via recebeu uma carta do Departamento de Vigilância à Saúde com cuidados no contato com animais do tipo.

O mamífero estava no escritório do sócio-proprietário de empresa Davi Navarro, 41 anos. Ele contou que se assustou com a presença do animal. “Estava trabalhando e, de repente, ele caiu no meu pé.”

Navarro disse que o morcego entrou pelo ar-condicionado. “Ele passou pelo buraco e ficou parado. Fechamos a sala e chamamos a Prefeitura. Colocaram ele em uma caixa e levaram para análise.”

Apesar de o animal ter entrado na sala, o outro sócio-proprietário, Carlos Eduardo Palumbo, 53, afirmou que não se preocupa com o fato. “Não acredito que possa se repetir. Não altera a nossa rotina. A única diferença é que, no último fim de semana, fizemos uma limpeza geral na sala.”

A jornaleira que trabalha em frente ao prédio Sandra Matias Alencar, 41, porém, está preocupada. “Já basta a raiva que o povo passa. Não precisa ter a outra também”, brincou.

Ribeirão Pires registrou o último caso de raiva em 2014, quando duas pessoas foram mordidas por morcegos. O Executivo não informou se elas vieram a óbito. Diadema destacou que houve registros em 1987 em morcegos, cinco anos antes em cães e o último caso em pessoas data de 1980. Já Mauá teve o último caso de raiva humana em 1970.

Na região, apenas Diadema e São Caetano realizaram a campanha de vacinação antirrábica. Em Diadema foram vacinados 2.000 animais. A campanha continua com 1.500 doses até o dia 29 de outubro. Já em São Caetano, onde não houve registro da doença, a ação imunizou 5.672 cães e gatos. A iniciativa segue até o fim do mês.

As demais cidades não se manifestaram.