As centrais sindicais foram nesta quarta-feira no Senado negociar com os líderes da Casa para conseguir a votação do projeto de lei que institui o reajuste para o salário mínimo a partir do dia 1º de março. Contudo, a pauta está travada com 13 Medidas Provisórias, o que pode fazer com que não haja tempo para o projeto valer até a data.

O projeto de lei coloca como índice fixo – até 2023 – para o reajuste a correção da inflação no último ano e ainda mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás (2006), conforme o negociado entre o poder Executivo e as centrais. Com isso, o valor subirá de R$ 380 para R$ 412,40.

Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o esforço na noite desta quarta-feira era para que o projeto fosse votado nesta quarta-feira mesmo. Contudo, até o fechamento da edição, ainda não havia decisão sobre o encaminhamento da pauta no Senado.

“As MPs estão trancando a pauta. Mas os líderes dos partidos concordaram em votá-la. O problema são essas 13 medidas”, afirma o sindicalista.

De acordo com Paulinho, caso não haja tempo para o projeto ser aprovado, o reajuste do salário mínimo será feito por medida provisória.

No entanto, o senador Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto, espera que seja aprovado o texto que já está no Senado. “Estamos insistindo no projeto de lei, pois criticamos tanto as MPs e não queremos mais uma. Mas se houver a medida, ela já passa a vigorar em março”, explica o parlamentar.