A lateral-esquerda Tamires teve dias recheados de muitas emoções nos últimos dois meses. Em junho, a moradora de Santo André disputou pela primeira vez a Copa do Mundo de futebol feminino, na qual, juntamente com a Seleção Brasileira, foi eliminada nas oitavas de final. Depois, partiu para a participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, que terminou com o melhor resultado possível: a medalha de ouro. Porém, uma semana depois de subir ao pódio, teve o objeto roubado em frente à casa do sogro, no Parque Jaçatuba, e, um dia depois, viu o item, mesmo que danificado, ser devolvido.

No período, porém, recebeu convite que mudará sua vida: o Fortuna Hjorring, time da Dinamarca, a contratou, a princípio, até o fim do ano para disputar a Liga dos Campeões da Europa e o campeonato local. Ela não só aceitou como embarcou ontem com o marido e o filho para dar sequência à carreira.

“Mesmo saindo nas oitavas de final do Mundial, tomamos apenas um gol, e se abriram portas na Dinamarca. O Fortuna gostou do meu futebol, fez uma proposta e sabe que tenho família. Eles foram atenciosos de permitir levá-los comigo. Vamos para lá ficar este segundo semestre”, comentou a lateral.

Segundo ela, no país o tratamento à modalidade incentivou a mudança. “Eles olham com carinho para o futebol feminino e acredito que vai ser experiência muito boa. Será a primeira vez que vou disputar uma Liga dos Campeões e espero que o César (Cesinha, marido e também jogador) consiga alguma oportunidade”, concluiu.