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RS pede a Pratini sobretaxas e cotas para 5 produtos
Do Diário do Grande ABC
23/12/1999 | 14:44
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O governo gaúcho pediu nesta quinta-feira ao ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, a imposiçao de sobretaxas e cotas para as importaçoes de arroz, leite, trigo, cebola e alho, até mesmo as originárias do Mercosul.

A intençao é proteger a produçao nacional e reverter o "achatamento brutal da renda dos agricultores", disse o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann. O ofício encaminhado pela manha ao ministro nao especifica o porcentual das taxas ou o tamanho e duraçao das cotas.

A idéia do governo estadual é, diante de uma "sinalizaçao positiva" de Pratini, reunir produtores para contribuir na discussao dessas questoes, informou o secretário. Como exemplo da situaçao dos agricultores, o secretário gaúcho citou o uso de 100 mil toneladas de trigo de boa qualidade na produçao de raçao animal no Estado.

Segundo ele, o Rio Grande do Sul produziu 700 mil toneladas do produto este ano, mas a comercializaçao está lenta por causa da falta de recursos, o que torna o trigo mais barato que o milho. "O acordo assinado pelo Brasil na Organizaçao Mundial de Comércio (OMC) admite esses mecanismos de proteçao, que nunca foram acionados pelo governo federal", disse Hoffmann.

De acordo com ele, o Ministério da Agricultura deve passar do "discurso bonito" para açoes práticas em defesa da agricultura brasileira. Se nao houver resposta positiva do governo federal ao pedido do Estado, o secretário promete reunir produtores e entidades, da Federaçao da Agricultura (Farsul) ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), num grande movimento para pressionar pela adoçao das medidas.

"O grau de indignaçao dos agricultores é tao grande que basta os aglutinar para fazer a pressao." Hoffmann também pretende apelar para o apoio do Fórum Nacional dos Secretários da Agricultura, na próxima reuniao, marcada para a segunda quinzena de janeiro, caso o governo federal nao concorde em adotar as taxas e cotas sobre a importaçao dos cinco produtos. Se a resposta for positiva, ele proporá aos demais Estados que façam estudos sobre os índices e prazos mais adequados e os apresentem ao ministério.




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