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Dois tucano, duas versões, uma eleição
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
04/06/2015 | 07:00
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A eleição que definiu a nova direção do PSDB de Santo André, domingo, ainda rende polêmica. O então candidato à presidência José Acemel, o Espanhol, diz que não desistiu de concorrer no pleito, que terminou sem seu nome na disputa e com aclamação do ex-vereador Marcelo Chehade como líder do tucanato andreense. Ele diz que foi impedido de registrar sua posição pelo ex-comandante da sigla, Ricardo Torres. Segundo Espanhol, havia acordo com o ex-presidente para que a executiva municipal fosse definida em votação nome a nome, ou seja, para cada função da diretoria haveria uma eleição. Mas, na plenária, foi protocolada uma chapa completa. “Tomei um chapéu”, afirma Espanhol. Porém, neste momento ele poderia ter feito requerimento para que a votação fosse feita cargo a cargo, como ele queria. Mas não o fez. Afirma que não desistiu da disputa, mas não foi até as últimas consequências. “Fui impedido. Ricardo Torres não me deu chance. Ele entrou e saiu do comando do partido da mesma maneira: autoritário.” Espanhol poderia ter reclamado, subido na mesa, gritado, esperneado, mas observou a manobra de maneira passiva. “Pode me acusar de ser um banana, mas não de ter desistido e não ter palavra”, discorre ele, que havia garantido que iria até o final da disputa. Ricardo Torres, por sua vez, disse que não fez acordo algum com Espanhol sobre o método de votação. “Houve um requerimento para protocolo de chapa completa e isso foi colocado para apreciação do plenário (50 integrantes do diretório). Foi aprovado. Ele poderia fazer o requerimento para votar nome a nome. Talvez tenha sido pego de surpresa, mas o fato é que não fez. Ninguém o impediu. Ele só tinha o voto dele. Essa é a verdade”, frisa Torres.

Reclamação
Discussão entre oposicionistas na Câmara de São Bernardo, ontem. Hiroyuki Minami (PSDB) apresentou projeto que concede título de cidadão são-bernardense a Silvana Aparecida Dechechi de Oliveira, servidora pública aposentada. Oswaldo Camargo não gostou. Disse que essas homenagens são avacalhação e servem para fazer politicagem. Minami ignorou a crítica. Quem o defendeu foi Marcelo Lima, do mesmo partido de Osvaldinho. Disse ser uma pessoa importante e que a honraria faz parte de trabalho de reconhecimento dos parlamentares. Imagine se o vereador está na sessão que aprovou título para Nelson Mandela, Pepeu Gomes ou Raul Gil.

Tons de azul
Com Diadema enfrentando graves problemas financeiros, a grande preocupação do prefeito Lauro Michels (PV) é pintar os ônibus das linhas municipais de azul. Uma das viações que operam na cidade é prata e vermelho, cor do PT, rival histórico do verde.

Gabinete aberto
Ainda em Diadema, a vice-prefeita, Silvana Guarnieri (PTB), interina na ausência do titular da cadeira número um do Paço, que está de férias surfando, tem usado o gabinete do Paço para fazer política. Tem formado fila na porta para falar sobre toda e qualquer demanda. Com isso, pretende se tornar um pouco mais popular na cidade.




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