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Prostitutas se reúnem no 1º Festival Internacional em Berlim
Por Do Diário do Grande ABC
02/06/2000 | 13:17
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Com suas roupas discretas, Katy, uma finlandesa de 50 anos, mais parece uma eficiente secretária, só que, na realidade, ganha a vida atendendo a clientes geralmente com tendências sadomasoquistas e, como várias colegas, chegou a Berlim para participar do primeiro Festival Internacional de Prostitutas, que acontece de 1º a 5 de junho, na capital alema.

``Eu só queria poder trabalhar honestamente. Existem leis para proteger todos os trabalhadores, exceto nós. Para nós, só existem leis contrárias, que pioram nossa situaçao', explica Katy.

Como os organizadores do festival ``KultHur' (jogo de palavras formado por ``Kult' (culto) e ``Hur' (prostituta), Kati quer que a venda do corpo seja aceita e reconhecida como profissao.

A origem deste movimento se encontra na ocupaçao de uma igreja de Lyon (sudeste da França) por uma centena de prostitutas em 2 de junho de 1975, quando denunciaram suas difíceis condiçoes de trabalho.

Passados vinte e cinco anos, a fundadora do movimento, Mahide Lein, quer repetir o sucesso do evento.

Nos próximos dias, o festival vai tratar do ``trabalho sexual na cultura e na arte' e será encerrado com uma discussao política para a qual foram convidados todos os partidos alemaes.

``Há dois anos, justamente depois de ser eleito, o governo social-democrata e verde prometeu criar uma legislaçao para melhorar a situaçao social e jurídica das prostitutas, mas nada foi feito', lamenta ``Ovo Maltine', um travesti de trinta anos. ``O que queremos é uma previdência social e aposentadoria', acrescentou.




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