A açao dos marginais começou na Vila Nova, em Cubatao (SP), quando invadiram a residência da funcionária. Crianças, adultos e idosos, num total de 13 pessoas, incluindo um vizinho que foi ver o que estava acontecendo, foram levados para uma pousada localizada no Canto do Forte, em Praia Grande. Lá, mais dez pessoas, incluindo hóspedes e funcionários do estabelecimento, permaneceram sob o domínio dos criminosos.

A libertaçao dos reféns só ocorreu porque os vizinhos da Vila Nova denunciaram a movimentaçao estranha à Polícia. O marido da funcionária foi avistado pelos policiais, na tarde deste sábado, dirigindo sob a mira de um revólver na barriga, tendo ao lado um dos seqüestradores. Houve perseguiçao e troca de tiros, mas o criminoso fugiu. O Escort, com placa BIA-7752, de Campinas, no interior de Sao Paulo, pertencia a um dos hóspedes da pousada e só parou depois de se chocar com um dos carros da PM, usado no cerco.

Toda a polícia da Baixada Santista atuou na perseguiçao. Até um helicóptero foi usado no cerco à Pousada Acapulco, no Canto do Forte, para libertaçao dos reféns. Ninguém ficou ferido mas o susto de todos foi muito grande. A mae da funcionária da Brinks, que teve a identidade preservada, teve de ser medicada com calmantes pelos seqüestradores. A mulher informou que os bandidos tinham os rostos cobertos e, a todo instante, pediam para que a família mantivesse a calma, afirmando: "Nós nao roubamos pobres, só fazemos mal para os ricos."

Pelo planejamento do crime, o investigador Posato, do 1º Distrito Policial (DP) de Cubatao, acredita tratar-se de uma quadrilha de fora da regiao. No carro dirigido pelo marido da vítima, foi encontrado um mapa que indicava a localizaçao da pousada, em Praia Grande. Até o fim da tarde de hoje, tanto o 1º DP de Cubatao como a Delegacia-Sede de Praia Grande nao possuíam qualquer pista dos criminosos.