Todos os jogadores reconheceram a importância da liderança e tranqüilidade do colombiano durante todo o Mundial. Ele foi o último o último jogador a passar pela zona mista, onde era aguardado por repórteres de rádio, televisao e jornais.  

Apressado porque o ônibus corintiano só dependia dele para partir de volta ao hotel, onde os jogadores pegaram o material e em seguida, foram para suas casas, Rincón foi breve nas entrevistas. "Foi o jogo mais importante de minha carreira, como o gol, embora nao esteja entre os mais bonitos que eu marquei, nao vou esquecer devido ao seu significado. Em nenhum momento pensei em ganhar para desclassificar o Real Madrid por vingança. O importante é que agora teremos tempo para descansar até sexta-feira. O Corinthians tem tudo para ser campeao e nao há favorito, porque serao 11 jogadores de cada lado."  

Nos últimos dias, ele foi a única voz discordante, começando pelos membros da comissao técnica e passando por todos titulares. No empate de 2 a 2 com o Real Madrid, Rincón cobrou a todo momento maior aplicaçao de Vampeta e de outros jogadores. No dia seguinte, quando o elenco parecia desanimado quanto á possível classificaçao, já que o Corinthians teria que tirar uma possível ampla vantagem do time espanhol que jogou na preliminar contra o já eliminado Raja Casablanca. "Nao é momento para se falar em cansaço - repetia Rincón em todas as entrevistas -, porque enquanto a gente fica falando do grande número de jogos disputados na temporada, está se distanciando do objetivo maior que a chance de conquistar o primeiro título mundial de clubes". 

Choro - Quando Rincón marcou o segundo gol do Corinthians, Luizao começou a chorar. Desesperado, nao parava de chorar. Seus companheiros tiveram de correr até ele e pedir para que se acalmasse. Mas o artilheiro tinha seus motivos. "Nao estava chorando só de alegria. Chorei de agradecimento. O Rincón quando marcou o gol que nos levou à final do Campeonato Mundial tirou um peso enorme dos meus ombros. Eu tinha perdido gols demais. Principalmente um que entrei livre de cabeça. Sabia que a cobrança em mim seria enorme. Graças a Deus o Rincón marcou e estamos na final." 

Luizao dizia que voltar ao Rio de Janeiro para enfrentar provavelmente o Vasco da Gama na final nao seria especial a ele. Mesmo tendo saído brigado com o vice-presidente Eurico Miranda.