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Após ajustes, nota de Pinheiro sobe para 4,7

Pesquisa indica reversão em queda de avaliação; governo de S.Caetano é 3º no ranking regional

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
01/02/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Mudanças promovidas pelo prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), em seu primeiro escalão com vistas a estabilizar o governo para disputar reeleição em 2016 surtiram efeito. É o que mostra sondagem do DGABC Pesquisas, encomendada pelo Diário, em que os são-caetanenses concederam nota 4,7, número que inverteu as seguidas quedas na aceitação popular.

Registros da série histórica de notas mostram o peemedebista com 6 em junho de 2013, foi a 5,4 em novembro do mesmo ano, 4,3 em julho de 2014, e 4,2 em setembro do mesmo período. O resultado tirou Pinheiro da quinta posição para colocá-lo em terceiro no ranking regional de prefeitos do Grande ABC.

No começo do mês, Pinheiro nomeou Nilson Bonome (PMDB) para o comando da Secretaria de Governo, no lugar de Sallum Kalil Neto. Bonome passou a ser espécie de ‘gerente’ da administração e responsável pela articulação política. Tirou ainda Welington Kalil da superintendência do DAE (Departamento de Água e Esgoto) para colocar Luciano Bruno Gardill. O chefe do Executivo já avisou que fará mais alterações no primeiro escalão em fevereiro.

Apesar da melhora na nota, a aprovação do governo Pinheiro caiu para 20,9% (ótimo 1,9% e bom 19%), ante aos 24,5% (ótimo 5%, bom 19,5%) de setembro. Em contrapartida, a avaliação de que os serviços públicos são regulares foi para 33,1% (mais para bom 17,8% e para ruim 15,3%) – o índice era 19,5%. A rejeição teve queda acentuada de quase 10 pontos percentuais. Chegou a 46% (ruim 22,2% e péssimo 23,8%) e atingia 55,3% (ruim 17,3% e péssimo 38%).

No fim do ano passado, Pinheiro viveu momento turbulento com a derrota de seu candidato, Chico Bento (PP), à presidência da Câmara. O progressista se irritou com a vitória de Paulo Bottura (Pros), apoiado pelo G-11, e teve áspera discussão com Antonio de Pádua Tortorello, com ameaça, a ponto de terminar em Boletim de Ocorrência. No diálogo, Nilson Bonome já desarticulou o grupo dos 11 oposicionistas e encaminhou acordo de composição para eleição das comissões.

Tanto é que Pinheiro conseguiu recuperar prestígio juntos aos seus eleitores, com nota 5,3, ante à nota 5, em setembro, e também aos que depositaram voto em sua principal adversária na eleição de 2012, Regina Maura Zetone (disputou pelo PTB, hoje sem partido): recebeu 3,3 contra o conceito 3,1 anterior.

Considerando a faixa etária, Pinheiro retomou a melhor avaliação com o público acima de 60 anos, onde o próprio prefeito diz que são seus fiéis eleitores, com nota 4,9, a mesma dada por munícipes entre 25 e 34 anos. A pior avaliação foi dada pelos que tem entre 45 e 59 anos: 4,3.

No termômetro da expectativa, o DGABC Pesquisas indica que 34,6% dos são-caetanenses acreditam que o desempenho de Pinheiro irá melhorar, enquanto que 39,3% preveem estabilidade e 26,1% apostam na piora da administração.

Houve alteração na avaliação por áreas. O DAE, que liderou todos os levantamentos, recebeu nota 6,2 e perdeu a primeira posição para educação básica – Emeis e creches –, que obteve nota 6,4. Construção de moradias populares, onde Pinheiro prometeu e não cumpriu a retomada do programa João de Barro, que reformava cortiços, se manteve como o pior setor, com nota 2,6.

O DGABC Pesquisas ouviu 400 pessoas, na quinta-feira. Os dados têm margem de erro de 5 pontos percentuais. 




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