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Segurança sobre rodas
Por Anelisa Lopes
Do Diário do Grande ABC
16/08/2006 | 08:47
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Segundo pesquisa da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem), circulam cerca de 28 mil carros blindados em território nacional. Em 2005, receberam a proteção 3.206 unidades. Há dez anos, esse mercado correspondia a 388 automóveis.

Apesar do expressivo aumento registrado pela associação na década, o mercado de blindagens encontra-se estabilizado atualmente, mesmo com a recente onda de violência provocada pela facção criminosa PCC . “Há muitos países que se inspiram na nossa tecnologia de blindagem, em razão do risco urbano que os brasileiros vivem aqui”, conta Jairo Candido, presidente da Inbra Blindados.

Afonso Giaffone, da G5 Blindagens Especiais, conta que o auge da procura pelos veículos protegidos foi em 1999, com a tentativa de seqüestro dos filhos do banqueiro Jorge Paulo Leman, que foram salvos por estarem em um automóvel blindado.

“A partir de 2000, a classe média também passou a optar por esse tipo de proteção. Já em 2003, as vendas caíram. Para o ano que vem, projetamos um crescimento de 5%. O que registramos hoje, no entanto, é o aumento da venda de coletes à prova de balas por empresas de segurança”, avalia.

A blindagem – Externamente, o carro blindado não apresenta muitas diferenças em relação ao veículo comum. A mais aparente é o vidro que, reprojetado, adquire uma espessura de 17 mm, 13 mm a mais que um vidro normal.

Na cabine, as áreas ao redor das janelas e todas as frestas são preenchidas com placas de aço balístico. A parte de dentro da carroceria recebe uma manta de aramida que, assim como as partes de aço, é projetada, cortada a laser e moldada no formato de cada parte do automóvel. As peças recortadas formam um kit destinado a cada modelo de veículo.

Para isso, o carro é vistoriado para avaliar irregularidades já presentes, como riscos ou amassados, antes de começar o processo. Para achar infiltrações, o carro passa por uma câmara com diversas duchas de água e, depois disso, é completamente desmontado na própria blindadora. Desembaçadores e controle de acionamento dos vidros são remodelados pela empresa, já que eles ficam mais pesados. No caso das rodas, a proteção não deixa que o pneu saia do aro.



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