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Desemprego atinge 189 mil na região
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
26/07/2007 | 07:07
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O desemprego cresceu no Grande ABC em junho. Pesquisa feita pelo Seade e pelo Dieese aponta que o número de desempregados atingiu no mês passado 189 mil pessoas na região, 4 mil a mais do que em maio.

Ainda de acordo com o levantamento, a taxa de desemprego subiu de 13,9% da PEA (População Economicamente Ativa, que é o total de pessoas empregadas ou em busca de emprego) para 14,3% no mês passado nos sete municípios.

A elevação da taxa, depois de três meses seguidos de redução, se deveu ao corte de vagas – foram eliminados 13 mil postos de trabalho –, o que foi em parte compensado pela saída de 9 mil pessoas do mercado de trabalho, ou seja, que desistiram de procurar emprego.

Mesmo com a piora no cenário, o índice de 14,3% ainda é o menor para junho desde 2002, quando foi iniciada a pesquisa para a região.

Grande São Paulo - No entanto, a alta na comparação com maio contraria uma tendência verificada na região metropolitana, em que o desemprego se mantém em queda. O índice passou de 15,5% em maio para 14,9% em junho na Grande São Paulo.

Em toda a região metropolitana, houve a criação de 153 mil postos de trabalho, e, ao mesmo tempo, o retorno de 109 mil pessoas ao mercado para procurar emprego, o que resultou na redução do volume de desempregados em 44 mil pessoas.

Das vagas criadas, a indústria respondeu por 71 mil e os ramos de serviços, por 100 mil, enquanto no comércio houve o fechamento de 9 mil postos, mesmo número de vagas eliminadas em outros segmentos (que inclui construção civil e serviços domésticos).

Para o gerente de análises da pesquisa do Seade, Alexandre Loloian, os números apontam que o desemprego cresceu no Grande ABC em função de outras atividades (entre as quais o comércio) e não por conta do comportamento da indústria.

Isso porque segmentos industriais importantes nos sete municípios (como a áreas química e metal-mecânica) ampliaram as contratações.

Loloian avalia que havia expectativas de forte aquecimento no comércio, que contratou muita gente no início do ano e agora se ajusta.

E a construção civil, apesar do boom imobiliário, ainda não reagiu de forma expressiva. Levantamento referente ao emprego com carteira assinada, do Ministério do Trabalho, aponta que o segmento foi o principal responsável pelos 183 empregos formais eliminados em São Caetano em junho.




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