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Ritmo das exportações deve cair no ano que vem

Ministério de Comércio Exterior prevê alta de apenas 12%

22/12/2010 | 07:08
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Depois da expansão de 30% neste ano, as exportações brasileiras devem crescer apenas 12% em 2011, na avaliação do secretário de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Welber Barral.

Após a recuperação em relação ao ano passado, que foi bastante afetado pela crise, avaliou o secretário, o ritmo de crescimento do comércio mundial deve diminuir, mas ainda assim as vendas brasileiras a outros países continuarão crescendo mais do que as do restante do mundo. "A ideia, o desafio é crescer 12%, enquanto as exportações mundiais devem aumentar 9%", disse Barral.

Se concretizada a perspectiva, os embarques brasileiros somarão em torno de US$ 220 bilhões no próximo ano, superando o recorde de US$ 198 bilhões de 2008, que deve ser igualado neste ano. Faltando duas semanas para fechar 2010, as exportações totalizam US$ 192,5 bilhões.

De acordo com Barral, como as exportações mundiais devem se expandir 19% neste ano, a participação brasileira no total deve crescer dos atuais 1,26% para algo próximo de 1,30% em 2010. "Ainda assim 2011 será um ano difícil. Com a competição acirrada, temos o desafio de avançar no acesso a mercados", disse o secretário.

DRAWBACK - Ontem, o Diário Oficial da União publicou portaria da Receita Federal que estende o regime especial de

tributação para os insumos produzidos no País, o chamado Drawback Integrado Isenção. O regime é uma das medidas anunciadas pelo governo em maio para incentivar as exportações e começou a vigorar ontem.

Antes, a indústria nacional só podia utilizar esse mecanismo de compensação tributária na compra de insumos importados, o que, na prática, prejudicava a fabricação nacional desses produtos e encarecia as exportações de pequenas e médias empresas, que não planejam vendas ao Exterior com muita antecedência. O Drawback Integrado Isenção já possibilitava que as empresas que já exportavam produtos acabados pudessem importar insumos na mesma proporção dos utilizados nas vendas ao Exterior, com isenção do Imposto de Importação, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS e Cofins.

A medida agora amplia o alcance do mecanismo para as matérias-primas nacionais. "Temos uma dívida em lançar as medidas anunciadas no pacote de apoio ao exportador, e esta é uma delas. Com isso, completamos um ciclo que tinha o objetivo de estender para os insumos nacionais os benefícios que os internacionais já tinham", afirmou Barral.




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