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Duas estações da CPTM terão reforço de policiais

Paradas centrais de Santo André e de Mauá integram convênio que prevê atuação de PM na folga

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
13/12/2019 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e a PM (Polícia Militar) oficializaram, ontem, convênio para reforçar a segurança em 28 das 94 estações do Estado. No Grande ABC, apenas as paradas Prefeito Celso Daniel, em Santo André, e a de Mauá, ambas da Linha 10-Turquesa, estão incluídas no programa. Contudo, usuários indicam que as estações Utinga, em Santo André, e Capuava, em Mauá, são as mais perigosas da região.

O coronel Marcelo Vianna, coordenador operacional da PM, afirma que os locais contemplados pelo convênio foram indicados pela CPTM. “O objetivo é aumentar a sensação de segurança nas estações com maior volume de pessoas”, explica. Segundo ele, os pontos indicados como prioritários foram avaliados estrategicamente pela PM. O plano de ação será publicado até a próxima semana. 

Os PMs (Policiais Militares) irão atuar por meio da Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar) – atividade policial ostensiva e de preservação da ordem pública, onde os agentes trabalham por até oito horas em períodos de folga, limitado a dez dias mensais – a partir de janeiro. Serão 445 vagas por dia. 

O convênio vale por dois anos, podendo ser prorrogado por até cinco. O custeio, na ordem de R$ 68,4 milhões, será feito por meio de repasse da CPTM para a PM. Os policiais atuarão em ocorrências nas plataformas e dentro do trem em casos que envolvam crimes de furtos, roubos, assédio sexual e venda de bilhete ilegal, por exemplo. A fiscalização do comércio irregular segue sendo responsabilidade da equipe de segurança da companhia de trens, ainda que os PMs possam ser acionados em caso de confrontos.

Moradora de Santo André, Jaqueline Honorato, 33 anos, desempregada, utiliza o trem semanalmente para realização de tratamento médico na Capital e avalia que a medida será positiva. “Às vezes, tem um grupo grande de pessoas juntas e prefiro esperar outro trem por medo de assalto, pois isso já aconteceu com uma amiga minha”, conta.

O funcionário público de Santo André Fernando Fernandes, 58, afirma que o convênio pode ajudar na segurança da namorada, a coordenadora administrativa Derci Vasconcelos, 58, que faz o trajeto entre as estações Prefeito Celso Daniel e Mauá diariamente. “Sempre oriento para ela prestar atenção na bolsa e com os homens ao redor porque, hoje, acabou o respeito com as mulheres”, explica, se referindo aos casos de assédio sexual.

As estações da região já foram palco de casos de violência. Os exemplos mais graves foram observados em 2016, quando um jovem foi baleado no trem entre as paradas São Caetano e Utinga e um ambulante foi alvejado por agente da CPTM em frente à estação mauaense.




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