Economia Titulo Habitação
Venda de imóveis subirá 5%, diz Secovi

Além de aumento na aquisição, sindicato estima ainda crescimento de 10% nos lançamentos de empreendimentos

Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
18/05/2010 | 07:00
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Com o aquecimento na procura por imóveis em São Paulo, o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo) prevê alta de 5% na vendas deste ano e crescimento de 10% nos lançamentos de empreedimentos. Apesar de não divulgar dados consolidados sobre o primeiro trimestre, o Grande ABC também se mostra animado com o panorama.

"Na região, a procura se compara com os números de 2008, que foi um dos nossos melhores anos. O volume de lançamentos subiu também, porque a crise já passou. Além disso, nossa expectativa é aumentar a quantidade de emprego nas construção civil", diz o presidente da Aciagabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) e representante do Secovi na região, Milton Bigucci.

Segundo relatório do sindicato paulista, a região metropolitana de São Paulo - da qual o Grande ABC faz parte - vendeu nos três primeiros meses deste ano 16.797 unidades, metade de tudo que foi comercializado no período, incluindo região metropolitana e capital. Bigucci ressalta, no entanto, que a demanda por imóveis ainda comporta crescimento. "Temos antecipação de lançamentos, que sairiam apenas no segundo semestre porque o mercado está aquecido. Além disso, com o Rodoanel, não conseguimos tempo para apurar maior procura, mas deve acontecer", aponta.

Segundo ele, com a demanda maior, os plantões de venda registram cada dia mais movimento. "Dependendo do local, em dois meses o empreendimento está totalmente vendido."

PERFIL - Segundo a Acigabc, entre os itens de desejo na hora de escolher a casa própria, destacam-se empreendimentos com dois dormitórios e que possuam de 50 até 100 metros quadrados. "Esse sempre foi o perfil de imóveis procurados, mas temos notado muito mais demanda", atesta Bigucci.

O supervisor de lançamentos, de São Bernardo, Roberto Casari, alerta ainda que os valores dos imóveis também contam na hora da escolha. "Temos também muito procura dentro dos preços que comportam o Minha Casa, Minha Vida (até R$130 mil)."

Falta de terreno é a principal vilã dos preços

A escassez de terrenos na capital paulista e também na região metropolitana - incluindo o Grande ABC - deve manter os preços de imóveis residenciais novos em alta em São Paulo, segundo estimativa do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo).

Levantamento do sindicato mostra que nos últimos cinco anos, o preço por metro quadrado de área útil dos imóveis novos em São Paulo registrou alta de 30,6%, o aumento foi mais acentuado entre março de 2008 e março de 2010.

O presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci afirma que o custo alto dos locais tem comprometido o setor.

"As contas não fecham. Temos padrão de preço definido e quando o terreno aumenta muito, não fechamos. Quem tem local não vende e isso fica preso, é um problema sério", afirma. (Com Agências)

Encontrar casa para alugar pode demorar até 30 dias

Os bons números na venda de imóveis também são também repetidos na demanda por locação, que tem batido recordes nos últimos meses em São Paulo. Estudo recente feito por uma imobiliária da região aponta que a espera por espaço no Grande ABC já demora o dobro do tempo registrado até 2008 e chega a 30 dias. "Está cada vez mais difícil atender aos pedidos dos clientes, devido ao crescimento das cidades e a diminuição dos espaços destinados à moradia" explica o gerente de locação João Pereira da Rocha Júnior.

A pesquisa mostra ainda os consumidores preferem apartamentos de dois quartos e próximos a grande vias e estações de metrô. O preço médio despendido na hora de alugar o espaço também registrou aumento, variando de R$ 800 até R$ 1.500.

Apesar da grande procura, a gerente de locação Kathia Mazo afirma que nas duas últimas semanas o movimento diminuiu, o que representaria a manutenção dos índices atuais.




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