Um dos pilares apontados pelo técnico Dunga desde a convocação da Seleção Brasileira é o conjunto adquirido depois de quase quatro anos atuando com os mesmos jogadores. Apesar dos testes, a base sempre foi a mesma. Entretanto, por mais incrível que possa parecer, a equipe que deve estrear na Copa do Mundo contra a Coreia, dia 15, terá uma formação inédita.

Se não surpreender, Dunga deve escalar Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Luís Fabiano e Robinho. Essa formação iria começar um jogo pela primeira vez justamente no amistoso contra Zimbábue na semana passada, mas Juan acabou sendo poupado. Segunda-feira, contra a Tanzânia, foi a vez de Júlio César ficar de fora.

Apesar dessa incrível coincidência, o grupo que está na África do Sul é praticamente o mesmo que conquistou a Copa das Confederação no ano passado. Naquele time, no entanto, o preferido na lateral-esquerda era André Santos que depois perdeu espaço para Michel Bastos e Gilberto, ficando fora do mundial.

E a tendência é que o time sofra poucas alterações no decorrer do Mundial. Dunga declarou, após o amistoso contra a Tanzânia, que não pretende fazer mudanças na equipe, mesmo assumindo que a entrada de Ramires no lugar de Felipe Melo deu mais velocidade.

"Não adianta ficar mudando os jogadores. A força do conjunto é muito importante e preciso passar confiança ao grupo. Os 23 jogadores sabem exatamente da sua missão e se ficar mexendo na escalação posso perder a base", explicou.

Um dos reservas que entra em quase todos os jogos é o lateral-direito Daniel Alves. Sem espaço na sua posição de origem por conta do bom desempenho de Maicon, o jogador é constantemente escalado na vaga de Elano, sendo improvisado meio-campo. Essa, possivelmente, será uma substituição constante na Copa.