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Alckmin evita falar em candidatura
Por Das Agências
04/06/2007 | 07:16
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O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) retornou ontem a São Paulo – após seis meses no Estados Unidos – disposto a não tocar, por enquanto, no assunto eleições 2008. Derrotado na disputa presidencial no ano passado, ele recorreu a uma frase que repete em períodos pré-eleitorais: “Estamos em ano ímpar e eleição é em ano par”.

A possibilidade de tentar a vaga de presidente do PSDB em novembro foi igualmente rechaçada pelo tucano. “Não tenho nenhuma preocupação com cargo. Não preciso ter cargo público e nem no partido. Acho que é fundamental para o Brasil ter uma boa oposição. Tenho conversado com Tasso Jereissati (presidente do PSDB) e disse a ele que vou me incorporar nesse trabalho.”

Boa parte dos tucanos paulistas, no entanto, aposta que tanto a eleição para a Prefeitura de São Paulo quanto a presidência do PSDB são oportunidades para que Alckmin mantenha-se como nome nacional e seja lembrado pelos eleitores. Em visita recente ao Diário, o deputado federal Antonio Carlos Pannunzio, líder do PSDB na Câmara, reafirmou esse desejo do partido. “Somos o único partido a ter, desde já, dois candidatos para a Presidência em 2010 e Alckmin para a Prefeitura de São Paulo.”

Só que o ex-governador, pelo menos em um primeiro momento, não quer falar sobre política de sucessão. Ainda no saguão do aeroporto, comentou sobre seus estudos nos Estados Unidos, onde se aprofundou em administração pública. “Primeiro queria dizer o quanto foi proveitoso este período simultaneamente sabático de ficar um pouco recolhido e de estudar. Tive uma oportunidade de seis meses de estar me preparando para a administração pública, política externa, economia, assuntos de interesse da população”.

CRÍTICAS
Alckmin, no entanto, não desperdiçou a oportunidade de alfinetar o governo Lula. “Depois de meio ano fora do Brasil as coisas não mudaram. Mais um escândalo de corrupção, 37 ministérios, governo parado e o Lula viajando. Meio ano depois, tudo se repete. O Lula ganhou um novo mandato, mas o Brasil não ganhou um novo governo.”

O ex-governador apontou a ausência das reformas trabalhista, fiscal, tributária e a complementação da reforma da Previdência, mas não citou a reforma política. “Primeiro ano é das reformas. Se não fizer agora, não vai fazer mais. O presidente está sentado nos louros da estabilidade que é do governo anterior e no bom cenário financeiro mundial.”




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