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Caixa quer dobrar atuação em petróleo

Meta do banco é atingir mesmo montante que tem hoje em crédito imobiliário, que é de 70%

Por Erica Martin
15/06/2012 | 06:50
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A Caixa Econômica Federal, que detém 70% do crédito imobiliário no País, quer alcançar a mesma fatia no setor de petróleo e gás, mas não há data prevista para isso acontecer. A meta foi anunciada ontem pelo gerente regional do banco, Luiz Carlos Heck, em entrevista à equipe do Diário durante o segundo dia da Equipaindustria Metalmecânica, Petróleo e Gás São Bernardo 2012.

O objetivo é alcançar o resultado por meio do Programa Progredir, lançado pela Petrobras em junho de 2011, com a missão de oferecer crédito em condições mais favoráveis aos fornecedores da petrolífera. No Grande ABC, 133 empresas estão cadastradas no portal Progredir, usado como canal para que os fornecedores possam sinalizar às instituições financeiras a intenção de adquirir crédito e escolher a proposta mais interessante.

Do total de R$ 2,5 bilhões de financiamentos concedidos pelos bancos por meio desse programa, R$ 900 milhões saíram dos cofres da Caixa - isso significa 35% do total. O montante restante está concentrado no Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Itaú e Santander.

Durante os dois dias de eventos, as empresas interessadas em fornecer para a gigante petrolífera puderam iniciar o processo de cadastramento, que depois deverá ser concluído pelo empresário com informações mais detalhadas sobre o seu negócio. "Entre os segmentos industriais 73% podem estar inseridos no setor do petróleo e gás de alguma forma, o que reforça a oportunidade da indústria da região como metalmecânica, plástico e químico entrar no setor", falou o Costa.

"Até mesmo transporte e hotel estão nesse processo", comentou o secretário executivo da unidade de operação de exploração e produção da Bacia de Santos, Jaime Taka. De acordo com o executivo, após o cadastro concluído é possível que em até três horas o interessado receba retorno se poderá ou não atuar junto à Petrobras. "E há empresas que no dia seguinte da aprovação recebem pedido de cotação", falou Taka. Segundo ele, há 60 fornecedores ativos da petroleira em São Bernardo. O executivo não soube informar a estatística para as demais cidades da região.

A Hidropig, em São Bernardo, que fornece ferramentas usadas na secagem de gasoduto e limpeza de dutos, por exemplo, é fornecedora da petroleira há dez anos. Mas o grau de exigência para atuar e manter contrato com a estatal é altíssimo. "Em 2003 conseguimos o certificado ISO 9001 e foi uma exigência", comentou o proprietário, Carlos Nobeschi. Por outro lado, o seu negócio está progredindo, hoje 90% da demanda está associada à Petrobras, que anunciou ontem investimento de R$ 416,5 bilhões até 2016. "Além disso, a saída de produtos avançou 30% no ano passado na comparação com 2010", concluiu Nobeschi.

 

 




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