Para quem não comemorou o Dia dos Namorados ontem, uma esperança: hoje é aniversário de morte de Antônio de Pádua, conhecido mundialmente por ser o santo casamenteiro da Igreja Católica. Para celebrar a data, as paróquias e capelas da região promovem missas, procissões e festas durante todo o dia. A Diocese de Santo André espera receber milhares de fiéis em cada um dos endereços dedicados ao padroeiro.

Nascido no ano de 1195, em Lisboa (Portugal), Frei Antônio dedicou sua vida em favor dos mais necessitados, sendo declarado pelo Papa Pio XIII, em 1946, como doutor evangélico. O título de santo casamenteiro, porém, é o mais popular e colabora para difundir o culto ao sacerdote.

Segundo frei João Rodrigues Dias, a história conta que Antônio de Pádua foi contra uma antiga lei que determinava que todas as jovens, ricas ou não, tivessem de apresentar, necessariamente, um dote para casar. “Isso fazia com que as mais simples fossem proibidas de subir ao altar”, conta o frei da paróquia Santo Antônio da Vila Alpina, em Santo André.

A fama de defensor das moças solteiras se propagou e, hoje, é mundialmente conhecida. A dona-de-casa Maria Lúcia Segalla acredita que rezar para o santo no dia 13 de junho é garantia de casamento. “Quem quer compromisso sério deve pedir a ajuda de Santo Antônio. Há várias simpatias que ajudam nesse sentido. Uma delas é deixar o santo de castigo dentro do freezer até a confirmação do casamento”, diz.

A paroquiana Marli Andrade Vale, que coordena há 21 anos a confecção do tradicional bolo de Santo Antônio na Vila Alpina, tem outra receita. “Quem quer casar deve correr para comer o primeiro pedaço do bolo, logo cedo. O doce pode fazer milagres”, garante a dona-de-casa. A expectativa da comunidade é vender cerca de 16 mil pedaços, a R$ 1,50 cada. Para quem acredita, esse é um investimento que vale a pena.