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Taxista é roubado em supermercado e Pão de Açúcar nega ressarcimento
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
07/01/2006 | 07:59
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O taxista Elizeu Domingos da Silva, de 44 anos, foi assaltado no último dia 14 no estacionamento do hipermercado Extra em Diadema, na avenida Piraporinha, e agora espera ser ressarcido pelo estabelecimento. Três jovens, um deles armado com revólver, roubaram os dois telefones celulares do taxista, avaliados em R$ 1.850, e R$ 176 em espécie. No mesmo dia, Elizeu registrou o boletim de ocorrência 8.020/05, no 3º DP de Diadema. O Grupo Pão de Açúcar, que administra a rede de hipermercados Extra, afirmou que o assalto foi o primeiro ocorrido na loja do bairro Piraporinha e que roubo à mão armada é problema de segurança pública. Por isso, o grupo diz que nesse caso não cabe ressarcimento.

O advogado Vagner Otavio Barbato, diretor do Procon de São Caetano, tem opinião diferente da emitida pela rede de hipermercados. Ele defende que o estabelecimento é responsável por qualquer ato ilícito que atinja um consumidor em compras, dentro da loja ou no estacionamento.

“A não ser que a vítima tenha assumido postura displicente, de modo a facilitar o assalto. Aí o estabelecimento não tem culpa. Caso contrário, o hipermercado tem responsabilidade pela segurança de seus consumidores. Basta esclarecer que a vítima foi à loja fazer compras e que o assalto foi autêntico”, disse o advogado do Procon.

Elizeu, o taxista assaltado no Extra em Diadema, conta que foi seguido pelos três ladrões do posto de informações do hipermercado até o estacionamento. “Vi a ação dos criminosos pela gravação do Extra, que mostra o pessoal me seguindo.” Elizeu foi ao estabelecimento comprar bermudas, bolachas e frutas, sofreu o crime por volta das 20h. Ele foi ao hipermercado com seu carro Safira, utilizado no trabalho de taxista, mas que não estava com luminoso no teto do veículo, porque já havia encerrado o expediente.

“Os assaltantes estavam sentados ao lado do posto de informações. Quando eu já chegava ao carro, me pararam e exigiram dinheiro e os aparelhos celulares, com um revólver apontado para mim. Não levaram as compras”, conta Elizeu. Três dias depois, no sábado 17 de dezembro, a Polícia Militar deteve um suspeito de 15 ou 16 anos, reconhecido por Elizeu como o rapaz que retirou sua carteira e seus celulares. Os outros dois, que aparentavam ter 17 e 18 anos, ainda não haviam sido encontrados na início da semana passada.

“Tenho de ser ressarcido pelo Extra porque o crime ocorreu dentro da garagem do hipermercado. Segurança pública é na rua, dentro do Extra é a segurança da loja”, disse Elizeu. O Extra considera-se também vítima do assalto sofrido por Elizeu, e afirmou que oferecerá apoio jurídico ao taxista no desenrolar do caso, como ceder imagens à polícia e prestar depoimentos.




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