A Polícia Federal prendeu neste domingo, na cidade paranaense de Foz do Iguaçu, o general da reserva Lino César Oviedo, acusado de tentativa fracassada de golpe de Estado no Paraguai. A prisao do ex-militar foi decretada há mais de duas semanas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Maurício Correa acatando pedido de prisao preventiva para efeitos de extradiçao feito pelo governo paraguaio.

Oviedo ficará preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília à disposiçao do STF. O Supremo precisa ainda julgar o mérito da extradiçao, o que, normalmente, estende-se durante meses.

Um aviao do Departamento de Polícia Federal partiu de Brasília para buscar Oviedo em Foz do Iguaçu, cidade que faz fronteira com o Paraguai. A aeronave deverá retornar a Brasília com o ex-general a bordo entre 8h e 9h da manha de segunda-feira.

O ex-general foi localizado no final da tarde deste domingo em um apartamento alugado em nome de outra pessoa. Ele estava sozinho e nao ofereceu resistência, apesar de ter ao seu lado um revólver carregado. Ele foi autuado em flagrante e a arma, apreendida.

A localizaçao do apartamento em que Oviedo estava era privilegiada: ficava no centro e em frente à barranca do rio Paraná. Segundo a Polícia Federal, a posiçao do apartamento facilitava contatos com o Paraguai por intermédio de telefones celulares. O ex-presidente estava com dez aparelhos celulares que captavam os sinais tanto do lado brasileiro quanto do lado paraguaio.

O general da reserva estava na Argentina quando o vice-presidente do Paraguai, José María Argaña, foi assassinado, em março do ano passado. Oviedo deixou o território argentino quando chegou o pedido de extradiçao do governo paraguaio e escondeu-se no Brasil, onde foi capturado neste domingo.