A fábrica da Fiat Automóveis em Betim (MG) virou um canteiro de obras. Segundo o presidente da montadora para a América Latina, Cledorvino Belini, as reformas são feitas para “resolver os gargalos da produção”. Assim, a capacidade produtiva aumentará de 700 mil veículos para 800 mil, em 2008.

Entre as novidades na planta, está a criação de uma nova área para prensas e a aquisição de 33 robôs para pintura.

As mudanças na unidade industrial representam a nova fase que a montadora iniciou neste ano, com novos modelos, logotipo e investimentos – a companhia investiu R$ 1,5 bilhão no Mercosul entre 2006 e 2007.

Além disso, em agosto, a matriz italiana anunciou que injetará na região dois bilhões de euros (cerca de R$ 5 bilhões) entre 2008 e 2010 – mais da metade do valor será aplicado no Brasil. Até o fim dos investimentos, a participação da Fiat na América Latina deverá passar de 13% para 15%.

Argentina - A meta da matriz é ampliar a capacidade para 1 milhão de unidades anuais. O reforço vem da fábrica de Córdoba, na Argentina.

“A fábrica da Argentina tem capacidade para 150 mil unidades. Com pequenos investimentos podemos chegar a 180 mil veículos por ano.” A unidade foi reaberta neste ano (estava fechada desde 2002).

Apesar das especulações, o presidente descarta, por enquanto, a construção de uma nova unidade na região.

Tata - Outro reforço vem no acordo da montadora com a indiana Tata Motors para a produção de uma picape na Argentina. De acordo com Cledorvino Belini, a Tata fornecerá somente a plataforma do veículo. O negócio soma investimentos na ordem de US$ 80 milhões.

Segundo a Fiat, as primeiras unidades sairão da linha de montagem de Córdoba em 2008. A produção anual plena é estimada em 20 mil unidades. Apesar de o novo projeto ter sido anunciado em fevereiro deste ano, Belini afirma que o planejamento da nova produção ainda está em “fase de negociação”.

A Tata Motors é a maior empresa automobilística da Índia. O acordo com a Fiat a ajudará a avaliar o potencial do Mercosul.