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Santo André disputa sede de centro de ferramentaria

Projeto visa instalar unidade de pesquisa e desenvolvimento; São José dos Campos também pleiteia

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
21/06/2019 | 07:01
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Nario Barbosa/DGABC


O Grande ABC está no páreo para sediar centro de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria, que irá gerar 300 empregos diretos. Com a possibilidade de ser instalado em Santo André, na Avenida dos Estados, o projeto prevê unidade onde devem ser criados projetos e produzidas ferramentas, o que, além de estimular a cadeia produtiva, deve ajudar na recuperação do segmento, vital ao ramo automotivo e um dos que mais sofre com crise econômica.

A iniciativa, que integrará o projeto do governo federal de incentivo ao setor automotivo, Rota 2030, seria fruto de investimento das próprias montadoras. Intitulado Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, já foi apresentado ao Ministério da Economia e aguarda resposta sobre seu enquadramento. Para fazer parte do Rota e ser contempladas com isenções fiscais que podem chegar a R$ 1,5 bilhão por ano, as indústrias automotivas precisam fazer investimentos totais de R$ 5 bilhões em investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Esses aportes também podem ser feitos pelas empresas que importam autopeças, que em vez de pagar imposto de 2%, depositariam este montante em dispêndios estratégicos.

A Prefeitura de Santo André colocou à disposição terreno de 30 mil metros quadrados que é parte do parque tecnológico. “Trata-se de área bem localizada, próxima a várias empresas da cadeia produtiva automobilística, com acesso fácil a todo o Grande ABC, à região metropolitana de São Paulo e ao Estado de São Paulo”, informou o Paço, em nota. Para tanto, a Prefeitura manifestou e formalizou essa intenção por meio de documento direcionada a várias instâncias. “A carta identifica o local e, principalmente, justifica a importância de se escolher o Grande ABC como alvo desta política. Ela foi encaminhada ao governo do Estado de São Paulo, ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e aos coordenadores do programa.”

Além de Santo André, São José dos Campos, no Vale do Paraíba,  também identificou interesse em levar essa estrutura para seu parque tecnológico. O comitê gestor aprova os programas e as montadoras podem escolher em quais deles depositarão esses recursos. As ferramentarias mais competitivas, que também projetam centro de desenvolvimento de ferramentais de plástico em Joinville, têm orçamento de R$ 200 milhões para a instalação em cinco anos.

“A partir do P&D é que a capacitação técnica para que o setor seja mais competitivo do que o que vem de fora irá transbordar. O setor automotivo, muitas vezes, por falta de capacidades técnica e gerencial, acaba importando de fornecedores externos. Hoje o lançamento de veículo tem uma janela cada vez mais apertada, por isso é necessário ter parceiros que consigam dar conta dessa demanda”, disse o gerente da coordenadoria de desenvolvimento de negócios do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Ricardo Magnami, um dos responsáveis pelo projeto.

REDE DE APOIO

A iniciativa é apoiada pelo SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC). De acordo com o diretor executivo Wellington Messias Damasceno, porém, é fundamental que o centro de desenvolvimento venha para a região. “Essa estrutura será compartilhada e utilizada para capacitar as ferramentarias e os ferramenteiros em processos mais evoluídos. Como haverá o desenvolvimento dessa parte técnica, de criação de projetos, as empresas terão a acesso a tudo isso que, muitas vezes, não possuem dentro da sua estrutura. É a maneira de otimizar o custo das ferramentarias, criar referências e trazer mais confiabilidade ao setor”, disse.

Além disso, as empresas vão poder desenvolver produtos dentro do próprio espaço, em máquinas modernas, às quais também não têm disponibilidade hoje. O espaço teria, ainda, apoio de instituições de ensino da região com formação de mão de obra.

“O Grande ABC tem o know-how e a maioria das montadoras está aqui (seis, ao todo, enquanto que, em São José, uma, a GM, que também está aqui). Na região, você consegue fazer com que esse centro tenha reflexos além das sete cidades, porque nossa localização é estratégica. Isso sem citar que temos mão de obra bem qualificada com entidades acadêmicas voltadas para essa área. Ou seja, tudo está a disposição para trazer o centro para cá”, disse o diretor executivo do sindicato.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC afirmou em nota que, em parceria com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, trabalha para implantar medidas que fortaleçam o setor de ferramentaria na região. “Um dos frutos deste trabalho foi a elaboração dos estudos que serviram de base para o Pró-Ferramentaria, anunciado em março pelo governo estadual e que prevê o repasse de créditos de ICMS para o setor (mas que ainda aguarda ser regulamentado)”, afirmou a entidade, em nota. “A previsão é a de que o futuro Polo Tecnológico do Grande ABC, que está sendo articulado pelo Consórcio, tenha forte atuação no segmento de ferramentaria e disponibilize instrumentos para fomentar a cadeia produtiva.”

Procurado, o Ministério da Economia não respondeu até o fechamento desta edição. O Grande ABC está no páreo para sediar centro de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria, que irá gerar 300 empregos diretos. Com a possibilidade de ser instalado em Santo André, na Avenida dos Estados, o projeto prevê unidade onde devem ser criados projetos e produzidas ferramentas, o que, além de estimular a cadeia produtiva, deve ajudar na recuperação do segmento, um dos que mais sofre com crise econômica.

A iniciativa, que integrará o projeto do governo federal de incentivo ao setor automotivo, Rota 2030, seria fruto de investimento das próprias montadoras. Intitulado Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, já foi apresentado ao Ministério da Economia e aguarda resposta sobre seu enquadramento. Para fazer parte do Rota e ser contempladas com insenções fiscais que podem chegar a R$ 1,5 bilhão por ano, as indústrias automotivas precisam fazer investimentos totais de R$ 5 bilhões em investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Esses aportes também podem ser feitos pelas empresas que importam autopeças, que em vez de pagar imposto de 2%, depositariam este montante em dispêndios estratégicos.

A Prefeitura de Santo André colocou à disposição terreno de 30 mil metros quadrados que é parte do parque tecnológico. “Trata-se de área bem localizada, próxima a várias empresas da cadeia produtiva automobilística, com acesso fácil a todo o Grande ABC, à região metropolitana de São Paulo e ao Estado de São Paulo”, informou o Paço, em nota. Para tanto, a Prefeitura manifestou e formalizou essa intenção por meio de documento direcionada a várias instâncias. “A carta identifica o local e, principalmente, justifica a importância de se escolher o Grande ABC como alvo desta política. Ela foi encaminhada ao governo do Estado de São Paulo, ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e aos coordenadores do programa.”

Além de Santo André, São José dos Campos também identificou interesse em levar essa estrutura para seu parque tecnológico. O comitê gestor aprova os programas e as montadoras podem escolher em quais deles depositarão esses recursos. As ferramentarias mais competitivas, que também projetam centro de desenvolvimento de ferramentais de plástico em Joinville, têm orçamento de R$ 200 milhões para a instalação em cinco anos.

“A partir do P&D é que a capacitação técnica para que o setor seja mais competitivo do que o que vem de fora irá transbordar. O setor automotivo, muitas vezes, por falta de capacidades técnica e gerencial, acaba importando de fornecedores externos. Hoje o lançamento de veículo tem uma janela cada vez mais apertada, por isso é necessário ter parceiros que consigam dar conta dessa demanda”, disse o gerente da coordenadoria de desenvolvimento de negócios do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Ricardo Magnami, um dos responsáveis pelo projeto.

REDE DE APOIO

A iniciativa é apoiada pelo SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC). De acordo com o diretor executivo Wellington Messias Damasceno, porém, é fundamental que o centro de desenvolvimento venha para a região. “Essa estrutura será compartilhada e utilizada para capacitar as ferramentarias e os ferramenteiros em processos mais evoluídos. Como haverá o desenvolvimento dessa parte técnica, de criação de projetos, as empresas terão a acesso a tudo isso que, muitas vezes, não possuem dentro da sua estrutura. É a maneira de otimizar o custo das ferramentarias, criar referências e trazer mais confiabilidade ao setor”, disse.

Além disso, as empresas vão poder desenvolver produtos dentro do próprio espaço, em máquinas modernas, às quais também não têm disponibilidade hoje. O espaço teria, ainda, apoio de instituições de ensino da região com formação de mão de obra.

“O Grande ABC tem o know-how e a maioria das montadoras está aqui (seis, ao todo, enquanto que, em São José, uma, a GM, que também está aqui). Na região, você consegue fazer com que esse centro tenha reflexos além das sete cidades, porque nossa localização é estratégica. Isso sem citar que temos mão de obra bem qualificada com entidades acadêmicas voltadas para essa área. Ou seja, tudo está a disposição para trazer o centro para cá”, disse o diretor executivo do sindicato.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC afirmou em nota que, em parceria com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, trabalha para implantar medidas que fortaleçam o setor de ferramentaria na região. “Um dos frutos deste trabalho foi a elaboração dos estudos que serviram de base para o Pró-Ferramentaria, anunciado em março pelo governo estadual e que prevê o repasse de créditos de ICMS para o setor (mas que ainda aguarda ser regulamentado)”, afirmou a entidade, em nota. “A previsão é a de que o futuro Polo Tecnológico do Grande ABC, que está sendo articulado pelo Consórcio, tenha forte atuação no segmento de ferramentaria e disponibilize instrumentos para fomentar a cadeia produtiva.”

Procurado, o Ministério da Economia não respondeu até o fechamento desta edição.  




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