A Câmara de Diadema lotou neste sábado para a realização da plenária do Orçamento Participativo da Habitação. O secretário da área, Josemundo Dario de Queiroz, o Josa, enumerou as realizações da administração e fez uma promessa: retirar todas as 700 famílias das áreas de risco até o fim do mandato do prefeito José de Filippi Júnior (PT). O secretário também prometeu discutir a instituição de uma política regional de Habitação na próxima reunião do grupo temático do Consórcio Intermunicipal.

Segundo Josa, no mandato anterior foram retiradas 200 das 900 famílias que estão localizadas nas áreas de risco da cidade. Na avaliação do secretário, Diadema chegou a um processo de “sufocamento”. “Nós não temos mais para onde crescer”, afirma.

De acordo com levantamento da secretaria, seriam necessárias 3.376 intervenções para resolver o problema da demanda por habitação na cidade. Destas, 800 necessitariam ser feitas em áreas de urbanização de favelas, 776 em áreas da Ecovias, 700 em áreas de risco dispersas pelo município, 700 em áreas de mananciais e 400 em alojamentos.

Josa ressalta que o município não é o único do Grande ABC a ter problemas sérios na área de Habitação. “Em São Bernardo, a demanda por habitação é maior que aqui”, declara Josa. Para o secretário, nem mesmo a verticalização (construção de prédios) resolve o déficit habitacional de Diadema. “Há espaço para crescimento vertical, mas se você pegar o déficit habitacional e o número de unidades necessárias para resolver os problemas dos núcleos habitacionais da cidade, não existe espaço para isso. Temos apenas 3% de área livre em Diadema.” A cidade tem 207 núcleos habitacionais.

A solução, avalia Josa, seria outros municípios atenderem à demanda reprimida de Diadema. “Há municípios que têm muito espaço e poderiam cedê-lo à população daqui, como Mauá”, cita. É o que o secretário pretende sugerir na reunião com os titulares da Habitação das outras seis cidades, no encontro temático de terça-feira do Consórcio.

Obras – Diadema prevê entregar, ainda neste ano, 740 novas unidades habitacionais. É o número de obras que estão em execução, através de convênios com os governos estaduais, via CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), e federal, por meio do PAR (Programa de Arrendamento Residencial). Já foram entregues 1.580 unidades habitacionais. A meta é terminar o ano totalizando 2.320.