O clima tem esquentado entre PSD e PMDB em Ribeirão Pires. Hoje os partidos estão alinhados na cidade, mas lideranças pessedistas no Estado articulam para que a legenda criada por Gilberto Kassab esteja no arco de alianças do PT, inclusive com possibilidade de indicar o vice da petista Maria Inês Soares. O pré-candidato peemedebista ao Paço, Saulo Benevides, não tem gostado nada da ideia. Ele, ao lado do vereador Koiti Takaki (PSD), organizou a agremiação na cidade para fortalecer sua empreitada. Angariaram três parlamentares do PV, enfraquecendo, inclusive, a ala governista. E desqualificou o coordenador do PSD na Região Metropolitana, José Police Neto, presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo. Saulo disse que não reconhece o pessedista como representante da sigla e que falará diretamente com Kassab sobre as questões de Ribeirão Pires. A resposta de Police Neto veio curta, grossa e com conteúdo: "Vou continuar fazendo política com inteligência, não com a força", disparou. Do jeito que o barco anda, vai ser difícil o PSD estar com o PMDB. O PT agradece. 

Núcleo sindical

O tucanato do Grande ABC lança oficialmente amanhã, às 10h, na Câmara de Diadema, um núcleo sindical, justamente o setor de onde surgiu o PT - maior rival do PSDB atualmente - no início da década de 1980. A área sindical é dominada pelos petistas e, agora, os tucanos querem fazer frente nas entidades de trabalhadores, resgatando as origens do partido e da social-democracia. "Queremos sindicalistas no PSDB, mas sem interferir na rotina dos sindicatos. O movimento sindical é um dos pilares da social-democracia e a retomada desse diálogo com os trabalhadores é uma forma de o PSDB fazer com que a sociedade se lembre das origens do partido", afirma Antonio de Sousa Ramalho, o Ramalho da Construção, secretário nacional de Relações Trabalhistas e Sindicais do PSDB. 

Minha Casa, Minha Vida 

O deputado federal José de Filippi Junior (PT-SP) indicou à Caixa Econômica Federal a realização de estudo para atualizar os valores de renda familiar para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que viabiliza a aquisição de imóveis por famílias de baixa renda. O deputado sugere a ampliação do benefício a milhares de famílias que não são contempladas atualmente. A lei que regulamenta o programa estabelece tetos salariais com valores fixos, de zero até R$ 1.600. Segundo Filippi, é necessária a realização de adequação dos critérios porque o salário-mínimo é corrigido automaticamente uma vez por ano, o que altera o acesso ao benefício. Assim, o valor deveria ser ajustado para R$ 1.866.