Artigo

O tema meio ambiente vem sendo cada vez mais difundido pelos meios de comunicação, garantindo seu espaço nas rodas de discussões pelo mundo. Trata-se de bom sinal, uma vez que o assunto nunca deixará de ser atual. Ontem, 5 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, estabelecido em 1972 pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Datas como estas servem para refletirmos sobre algo que nem sempre encaramos com atenção.

Teme-se que esta discussão não tenha direcionamento adequado, fique esvaziada, sem consistência. E é exatamente isso que não podemos deixar acontecer. A começar por nós, temos de dar o exemplo, além de cobrar de amigos, de familiares e, em especial, de governantes, que ideias sejam concretizadas em ações. É essencial que as pessoas separem o lixo reciclável dos resíduos orgânicos. Por outro lado, de nada adianta fazermos a nossa parte se o poder público não fizer a dele. Em Santo André, por exemplo, a coleta seletiva está muito aquém do que deveria. Recentemente, os meios de comunicação da região divulgaram dados alarmantes sobre a destinação do lixo em nossa cidade. Segundo as reportagens, mais da metade do reciclável recolhido acaba indo para aterro comum. Não há a garantia de destinação adequada. Portanto, aí está a importância do povo, que precisa atuar como fiscalizador e cobrador de ações dos governantes.

As administrações públicas precisam repensar projetos, da origem até a sua execução, incentivando a chamada economia verde. Apoiar e estimular empresas engajadas no desenvolvimento sustentável, as quais se utilizam de água de reuso, energia solar e madeira de reflorestamento, atuando diretamente na preservação do planeta.

Neste mês, mais especificamente nos dias 20, 21 e 22, temos mais um motivo - e chance - para não deixar o assunto cair no esquecimento. Neste período, o Brasil abrigará a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, batizado de Rio+20 em alusão aos 20 anos passados da Eco92, também ocorrida na capital carioca com o mesmo intuito de debater metas e incentivar o engajamento de líderes mundiais no tema.

Não podemos perder esta oportunidade. A população precisa cobrar do poder público empenho, compromisso e projetos. E o governo tem a obrigação de prestar contas sobre seus atos.

Carlos Grana é deputado estadual pelo PT de Santo André e integrante da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Veta, Dilma!

Insulto é arma de quem usa argumentos fragilizados. Mesmo com lei alguns ruralistas insistem em continuar desmatando o meio ambiente do povo a pretexto de expandir a agricultura e o agronegócio para o ‘bem do País'. Até quando? Ora! Há séculos o Brasil vem plantando, colhendo e vendendo grãos, mas continua um País pobre. Enquanto isso, países ricos, como a Alemanha, que não plantam um único pé de café, compram nossos grãos e após industrializar, agregando valor, revendem para o Brasil com lucros elevados. Ao invés de insistir com mais desmatamentos para a agricultura, que tal trabalhar com mais eficiência para reduzir o alto desperdício existente, estimado em 30% em toda a cadeia produtiva? Sejamos menos egoístas, pensemos nas próximas gerações!

Charles França, São Bernardo

GPS

Considerando-se o desfecho da CPI do Semasa, nada mais lógico que a compra de GPSs para os vereadores de Santo André. Quem sabe dessa forma, alguns deles conseguirão direcionar melhor suas decisões.

Vanderlei A. Retondo, Santo André

Semáforos

Em São Bernardo, o departamento de trânsito conseguiu deixar mais caótico o que já o era! Motivo: esse setor alterou o tempo para mais em praticamente todos os semáforos da cidade. Muitas vezes ficamos aguardando a abertura por um a dois minutos sem que venha veículos no sentido contrário. Exemplo é o farol de retorno da Praça dos Expedicionários, local próximo à minha residência. Os veículos ficam à espera da abertura por tanto tempo que a fila de veículos na Avenida Senador Vergueiro chega a ultrapassar o semáforo na confluência com a Rua Continental, causando assim grande congestionamento e, na maioria das vezes, sem veículos transitando no sentido oposto. Alerta aos senhores diretores do departamento de trânsito de São Bernardo.

Fernando Augusto Ramalho, São Bernardo

Foto - 1

Lamentável a foto da capa deste Diário de ontem. Primeiro, demagogia e hipocrisia na foto do ex-presidente tomando vacina em uma UBS, pois é sabido que, quando no cargo de presidente, somente elogiava o péssimo serviço público de Saúde recebido pelo povo brasileiro, enquanto se tratava em hospital particular. Deveria tomar sua vacina no Hospital Sírio-Libanês. Segundo, o que tem a ver a foto dele tomando vacina com a prioridade dele em relação à eleição? Não basta o comício feito em programa de televisão?

Carlos A. Varhidy, Santo André

Foto - 2

Sou assinante deste Diário e vi ontem a foto de Lula tomando vacina num posto de Saúde. Ele avisou o jornal que estaria lá? Por coincidência o fotógrafo também estava vacinando-se? A médica sempre sorri quando vacina alguém, inclusive pobres? O Hospital Sírio-Libanês não tem essa vacina?

Nelson Mendes, São Bernardo

Contrabando

O novo aumento na taxação dos cigarros, definido pelo governo federal com o pretexto de diminuir o consumo e aumentar a arrecadação de impostos, terá consequências desastrosas, visto que as pessoas passarão a comprar cigarros contrabandeados. Portanto, o governo terá menor arrecadação e crescerá o número de fumantes doentes devido à péssima qualidade do tabaco contrabandeado. O governo deveria utilizar a lógica de mercado e diminuir os impostos, assim ninguém compraria cigarros contrabandeados, cresceria a receita e indiretamente cessariam as atividades criminosas paralelas ao comércio ilegal de tabaco.

Daniel Marques, Virginópolis (MG)