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Organizações internacionais reduzem atividades no Iraque
Da AFP
31/08/2003 | 19:23
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A Organização das Nações Unidas (ONU), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) e outras organizações humanitárias internacionais estão reduzindo sensivelmente sua presença no Iraque, diante da situação caótica que reina no país. Segundo Veronique Taveau, porta-voz da ONU em Bagdá, “só restam pouco mais de 50 estrangeiros nas diferentes agências da organização no país e no programa Petróleo por Alimentos”.

”Estimamos que todas as pessoas cujo trabalho pode ser realizado do exterior sem grandes prejuízos para nossa missão, a exemplo do pessoal de finanças e administração, devem sair por enquanto", explicou Taveau neste domingo. O programa ‘Petróleo por Alimentos’, que desde 1996 distribui cestas básicas à população iraquiana, passará para as mãos da coalizão anglo-americana em novembro.

Segundo outro responsável da ONU, “deve permanecer no Iraque um aparato muito limitado, com uma dezena de pessoal estrangeiro. O resto começará a sair na segunda-feira".

Taveau disse no sábado que a ONU analisava uma "séria redução de seu pessoal estrangeiro no Iraque, diante das dificuldades da organização para realizar seu trabalho”. A medida deverá atingir o pessoal da ONU em Bagdá, Mossul e Erbil, no Norte, Basra, no Sul, e Hila, no Centro do Iraque.

A decisão foi precipitada pelo atentado contra o prédio da ONU em Bagdá, em 19 de agosto passado, que matou o representante especial da organização no Iraque, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, e outras 22 pessoas. O número de funcionários da ONU em Bagdá caiu consideravelmente após o atentado. Hoje, a organização tem 400 funcionários iraquianos e 150 estrangeiros na cidade.

A Cruz Vermelha também pretende reduzir à metade seu pessoal estrangeiro no Iraque e suas atividades no país, após uma série de advertências contra a organização. “O pessoal será deslocado para o Norte e para países vizinhos”, disse um funcionário.

Até a morte de um funcionário da Cruz Vermelha em 22 de julho em Hila, no Sul de Bagdá, a organização tinha 850 empregados no Iraque.




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