Antepassada de Diana, a duquesa de Devonshire teve uma vida muito parecida com a da princesa de Gales. Pode-se até mesmo dizer que ela foi a Lady Di de sua época, como mostra o filme "A Duquesa", que estréia nesta sexta-feira nos cinemas de São Paulo.

Baseado na biografia escrita por Amanda Foreman, o longa narra a vida de Georgiana Cavendish (Keira Knightley) a partir de seu casamento com o duque de Devonshire, em 1774. Logo, ela descobre que a vida de aristocrata não é fácil. Seu marido, vivido por Ralph Fiennes, é frio, monossilábico e mulherengo, tendo se casado com a linda jovem apenas para conseguir um herdeiro.

Condenada a manter as aparências perante a sociedade da época, Georgiana se expressa por meio da moda, com vestidos e perucas deslumbrantes. Com bom gosto, inteligência e simpatia, ela se transforma em uma das figuras mais influentes de Londres - suas roupas são copiadas e sua presença nunca passa em branco. Sua notoriedade é tanta que até os políticos a requisitam. Todos adoram a duquesa, menos seu próprio marido.

Aos poucos, o longa dirigido por Saul Dibb vai mostrando a difícil vida de Georgiana. Não bastasse o fato de não conseguir dar à luz um herdeiro homem, o duque decide se envolver com sua melhor amiga, Bess (Hayley Atwell). E sua mãe, interpretada por Charlotte Rampling, ainda exige que ela mantenha a compostura apesar de tudo. Resta à duquesa encontrar algum alento ao lado do jovem político Charles Grey (Dominic Cooper), mas nem com esse affair terá muita sorte.

Com figurino e fotografia impecáveis, o filme lembra os livros de Jane Austen, autora de clássicos como "Razão e Sensibilidade" e "Orgulho e Preconceito", que viveu na mesma época. No entanto, "A Duquesa" é baseado em uma história real e, portanto, não deve ao espectador a garantia de um final feliz.