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Setor quer isenção de IPI permanente
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
18/06/2010 | 07:00
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Representantes do setor automobilístico reivindicam que a isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para caminhões, tratores e caminhonetes - que terminaria no fim do mês e foi prorrogada pelo governo até dezembro - se torne permanente.

Para o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, a extensão do prazo já era esperada, já que se trata de um bem de produção e não um bem de consumo e, por isso, tem relação direta com o crescimento econômico.

"A expectativa agora é que esse benefício seja institucionalizado, afinal, com o crescimento das vendas, o governo compensou a renúncia com a arrecadação de outros tributos", afirmou.

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores), por sua vez, informou que há muito tempo se espera uma condição tributária melhor para os caminhões. A entidade também cita que, por ser bem de produção, a área deve ter suas vendas estimuladas, já que beneficiam não apenas o setor, mas todas as atividades econômicas do País.

A associação avalia ainda que o crescimento desse mercado ajuda a renovar a frota, que tem idade média de 17 anos e, com esse tempo de uso, os veículos de carga se tornam antieconômicos e colocam em risco a segurança veicular.

Renúncia - A decisão, anunciada na noite de quarta-feira, significará renúncia de R$ 775 milhões para os cofres da Receita Federal. Apesar disso, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que o governo não terá que fazer cortes adicionais no orçamento por conta das medidas. "Não teremos perda de receita porque os benefícios já estavam em vigor. É uma perda de ganho, não há ajuste a fazer por conta disso", disse.

A demora na recuperação das vendas do segmento foi a justificativa dada por Mantega para a decisão. "O objetivo da medida é manter o estímulo para o setor, que começou a se recuperar tardiamente", disse. Além disso, ele ressaltou que estes veículos são considerados como bens de capital, o que justifica a manutenção do estímulo fiscal, que sozinho representará renúncia de R$ 280 milhões. (com AE)




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