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S.André aposta em inovação
Por Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
26/08/2008 | 07:05
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Quando o assunto são práticas inovadoras de gestão educacional, Santo André acertou na receita.

O município se pôs na vanguarda ao lançar os Cesas (Centros Educacionais de Santo André) em 2003, ano em que seu congênere, o CEU (Centro Educacional Unificado), passou atender na Capital.

Com os Cesas, a cidade conseguiu agregar, no mesmo espaço, a educação formal e a não formal. Os complexos - são dez ao todo - reúnem escolas, creche e centro comunitário.

A fórmula é uma das garantias para se alcançar a quase inexistência de evasão escolar no município (a taxa gira em torno dos 2% dos alunos).

Além do alto índice de freqüência escolar, outro fruto a ser colhido com os Cesas é o Prêmio Inovação em Gestão Educacional.

Santo André é o único município da região e uma das sete cidades paulistas que estão na final da iniciativa encabeçada pelo MEC (Ministério da Educação) e Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Vinte e oito cidades brasileiras estão na final.

"Entendo que as nossas escolas são pensadas para serem uma referência em cada bairro e os Cesas são modelos mais completos de ação complementar", enfatiza a secretária municipal de Educação, Maria Helena Fonseca Marin. "Os Cesas são um conceito que hoje queremos perseguir", garante.

Para se ter uma idéia, os Cesas contam com bibliotecas, laboratórios de informática, quadras, piscinas, auditórios, campos de futebol, pistas de skate e de caminhada, playgrounds, praças de convivência e áreas de ginástica.

Em Santo André, a educação não-convencional e de complemento passa ainda, impreterivelmente, pela Sabina Escola Parque do Conhecimento, iniciativa praticamente sem precedentes no Estado.

Sabina inovou o conceito educacional na região com um projeto que une ciência, arte e tecnologia para melhorar o aprendizado da sociedade como um todo.

"Sabina é um grande laboratório para a cidade. Queremos instigar essas lógicas de educação", avalia a secretária Maria Helena.

Contudo, a lição ainda tem de ser feita quando o tema são as creches. Santo André não foge à regra regional quando o tema é déficit nesse tipo de atendimento.

Para tentar sanar a falta de vagas para os menores de seis anos, o município apelou para convênios com instituições não municipais. Hoje elas são responsáveis por 2.546 atendimentos dos 7.206 totais.

1- Todos os professores da rede de ensino municipal em Santo André têm curso superior. A exigência de que o corpo docente tenha de ter cursado uma faculdade vem do governo federal, desde 2007. Entretanto, Santo André se antecipou à medida e desde 2003 levantou o número de professores que não tinham graduação e a partir daí investiu na atualização dos profissionais.

2- Santo André possui um organismo municipal que ajuda a trabalhar o cenário educacional da cidade. Trata-se do Observatório da Educação e do Trabalho, cujas atividades são compilar dados a respeito da educação, observar o movimento das demandas por estudo na cidade além de auxiliar no planejamento da educação infantil e fundamental.

3- Está nos planos de Santo André a inauguração de mais cinco creches no município. Hoje são 2..287 crianças na fila de espera por uma vaga nesse tipo de serviço. Atualmente, a cidade conta com 40 unidades para os menores de seis anos na somatória entre os espaços municipais e conveniados. Ainda a ser inaugurado este ano, há também o Cesa do Parque Andreense.




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