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Taizi Harada faz primeira mostra no Brasil
Por Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
11/11/2001 | 18:13
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  Obras de importantes artistas primitivistas brasileiros – pinçadas da coleção do MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) – dividem a Galeria de Arte do Sesi, em São Paulo, com trabalhos assinados pelo pintor japonês Taizi Harada. É a mostra Arte Naif: O Mundo de Taizi Harada e a Coleção MAC-USP, que abre às 19h desta segunda apenas para convidados. A visitação para o público começa terça, com entrada franca.

São cem obras de Harada, inspiradas em canções populares de seu país. Nas telas, ele apresenta costumes e paisagens das províncias do Japão atual e antigo. Essas telas integram a mostra O Mundo de Taizi Harada, já apresentada em diversas cidades japonesas e também nos Estados Unidos. Em outras sete pinturas, o tema são países visitados pelo artista, como o Brasil.

Em comum nos trabalhos, a delicadeza das imagens. O destaque vai para a capacidade mágica de composição de Harada. São obras que inspiram tranqüilidade, paz, geralmente de temática bucólica. Essa é a primeira exposição dele na América Latina.

Entre os brasileiros – totalizando 42 obras, como pinturas e gravuras – estão os fantásticos José Antônio da Silva (1909-1996), Raimundo de Oliveira (1930-1966) e Waldomiro de Deus. Há também obras de Manezinho Araújo (1910-1993), mestre da embolada, que ficou mais conhecido por seus dotes musicais.

José Costa Leite, Ivonaldo, Lênio, Mestre Noza (1897-1984), Elisa Martins da Silveira (1912-2001), Francisco Domingos da Silva (1910-1985), Rosina Becker do Valle (1914-2000) e Emídio de Souza (1868-1949) complementam a trupe nacional.

Os artistas naifs, também chamados ingênuos, populares ou espontâneos, em geral são autodidatas. Cores fortes, formas simples e a sensibilidade expressiva são características freqüentes nas obras do gênero. Os naifs são pessoas do povo, sobretudo, e costumam retratar sua gente e seus costumes. O coração é a principal ferramenta de trabalho.

No entanto, Harada é um naif diferente dos brasileiros: primeiro porque é japonês; segundo pela sua formação, em design comercial.




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