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Mãe e filha são assassinadas em Mauá
André Vieira
Especial para o Diário
08/10/2008 | 07:04
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Ricardo Trida/DGABC


Mãe e filha foram encontradas mortas dentro da própria residência no começo da tarde de ontem, na Rua Manoel Nascimento, no Jardim Zaíra 4, em Mauá. Maria Dilza Marcena Maciel, 38 anos, e a menina Amanda Maciel da Silva, 5, tiveram os pescoços cortados a faca. O suspeito de cometer o duplo assassinato, que é vizinho da família, foi detido mas nega a autoria do crime. Com as duas mortes são sete homicídios em seis dias na cidade.

Os corpos foram encontrados pelo próprio filho da vítima, um garoto de 14 anos, que voltava para casa por volta das 13h, depois de passar parte da manhã brincando com amigos do bairro. Ele mesmo fez o pedido de socorro à Polícia Militar, por telefone.

Acusado de cometer o duplo assassinato, Marco Antonio Silva de Santana, 29, estava foragido há quatro anos do Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgar Magalhães Noronha, no Tremembé, onde cumpria pena em regime semi-aberto. Santana tem passagens por furto e roubo.

A polícia informou que ele foi visto por uma testemunha saindo de casa com as mãos ensangüentadas. Na sua residência, os investigadores encontraram um aparelho de videogame escondido e enrolado em um tecido. O equipamento pertence aos filhos de Maria Dilza e estavam dentro da casa da vítima durante a manhã, quando o garoto saiu.

Ainda na residência do suspeito, foram encontradas três facas e marcas de sangue em um chinelo e em uma bermuda, que estava de molho em água. Na casa da vítima, os policiais recolheram outra faca.

O delegado José Marcos Monteiro Pimenta, de Mauá disse que "todas as facas são compatíveis com o tipo de lesão que as vítimas sofreram". Auxiliando nas investigações, o responsável pela Delegacia de Homicídios de Santo André, Adilson de Lima completou. "Os elementos que colhemos nos dão base para qualificarmos o crime como duplo latrocínio".

Apesar de Maria Dilza ter sido encontrada deitada na cama e seminua, ao lado da filha, a polícia diz não ter provas que apontem violência sexual. O suspeito, que ainda tinha marcas de sangue nas costas e na meia, tentou fugir, mas foi impedido pelo ajudante geral Kléberson Damaceno Faria, 18. "Segurei ele quando estava descendo. Se eu não o tivesse parado ele teria ido embora", explicou. Na seqüência, o acusado foi detido.

Segundo os vizinhos, diferente de Maria Dilza, que mora no bairro há uma década, Santana se mudou com uma mulher há menos de um mês e não era conhecido por ninguém. Na garagem de sua casa, a PM localizou um veículo roubado.




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