Política Titulo Santo André
Bancada do DEM ataca Paulinho e gera incômodo no Paço

Toninho e Bahia criticaram secretário de Obras andreense, que estranha postura

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
21/06/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A postura de embate adotada pela bancada do DEM de Santo André durante a visita do secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), à Câmara causa alvoroço até hoje nos bastidores do Paço, provocando incômodo com a situação. Autointitulada ‘independente’ na Casa, a dupla de vereadores Toninho de Jesus e Evilásio Santana, o Bahia, atacou – diferentemente de outros parlamentares, inclusive da oposição – o titular na agenda, realizada dia 11 no plenário, caso que “gerou estranheza”. “Vejo como esquizofrenia política essa atitude vinda (de quem faz parte) da base de sustentação. Me parece que estou sendo atacado por não ser do PT”, frisou o pessedista.

O convite para o integrante do governo Carlos Grana (PT) comparecer à Câmara partiu do vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), com objetivo de esclarecer ações na Pasta. O petista, autor do requerimento, não estava presente na sessão. O secretário foi sabatinado por série de vereadores, na oportunidade, porém as críticas veementes tiveram assinatura dos democratas, que subiram o tom contra o programa de ciclofaixas. Na análise sobre o episódio, alguns políticos entenderam que a bancada poderia ter servido a interesses do PT, sem a anuência do prefeito.

Paulinho admitiu o desconforto com o fato, mas descartou tecer comentários sobre suposta atividade orquestrada. “O que dá para dizer é que essa postura (de Toninho e Bahia) é muito ruim, principalmente da base, não acrescenta. Pelo contrário. Só atrapalha”, justificou, ao reconhecer entraves na cidade devido às limitações financeiras. “Críticas construtivas sempre são bem-vindas, assim como alguns colegas (parlamentares) fizeram. A intenção e a forma é que mostram problema. Há diferença brutal.”

Toninho relatou que a fala do secretário é “infeliz”, negando qualquer direcionamento. Para o vereador, a postura não pesou por ser de “partido A ou B”. “Quando existe indício de erros, nós vamos fiscalizar, independentemente da legenda a qual pertença. Essa é a nossa atribuição”, disse, rechaçando compor a ala de sustentação ao Paço. “É inverdade. Somos independentes”, frisou. Bahia endossou as declarações do correligionário. “Nunca fui à tribuna e me declarei da base. Nenhuma coisa neste sentido saiu da minha boca. Agora, não sei por que ele está tão incomodado, mas se viu assim paciência.”

Cortejado no início deste ano, Bahia chegou a flertar com o governo, visando integrar o secretariado, só que o acerto empacou. À época, a direção do DEM ameaçou o parlamentar de expulsão, caso aceitasse o cargo na gestão petista. Toninho, por sua vez, deixou o partido em 2013 após migrar para a situação, filiando-se ao SD. No meio do processo, ele declarou-se independente. Em maio, retornou à sigla, refutando ingerência da executiva local por posicionamento de oposição e alegou que não vê, atualmente, bancada contrária ao Paço. 




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