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Jornalista Joao Máximo lança livro sobre o Maracana
Do Diário do Grande ABC
24/06/2000 | 14:58
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Contar a história dos 50 anos do estádio de futebol que virou a maior lenda das paixoes nao é tarefa nada fácil. Mas um certo Joao - ao contrário dos xarás marcadores de Garrincha que sofriam com os dribles do Mané em cada palmo de gramado - soube encontrar os atalhos para retratar o máximo de um dos maiores cartoes-postais do Rio de Janeiro e do mundo. Maracana - Meio século de paixao, livro do jornalista Joao Máximo que será lançado segunda-feira, no Museu do Universo - Fundaçao Planetário, na Gávea -, é uma viagem no tempo do templo.

O preço (R$ 95 nas livrarias) pode parecer, à primeira vista, um pouquinho salgado. Mas, com projeto gráfico de Victor Burton que impressiona desde o acabamento de luxo até o belo gosto na combinaçao de cores e fotos, a cada página virada o leitor vai perceber que está levando para casa uma obra-prima. Afinal, Joao Máximo conhece bem o terreno em que está pisando. No ano da inauguraçao do estádio, assistiu a todas as partidas realizadas por lá, passando pela inauguraçao e pela Copa do Mundo. "O livro nao é pessoal, tipo minha vida no Maracana, nem estatístico. O que aconteceu nas quatro linhas eu vi. As histórias de bastidores e de arquibancada sao o meu lado de jornalista."

Seleçao - Joao Máximo, que começou a escrever o livro em outubro do ano passado, teve de fazer uma seleçao dos melhores assuntos, e para isso tomou sempre por base 11 divisoes. "O ideal era usar 50, pela data histórica do estádio, mas o livro ficaria muito grande. O 11 é o número mais cabalístico do futebol. Um time é feito de 11 jogadores", explica o autor, que nao incluiu outros eventos realizados no estádio, como shows. "Sempre achei que o Maracana é o templo do futebol".

A história das glórias e tragédias no estádio é contada em 11 capítulos com texto rico e leve, auxiliado por bem-feita ediçao de fotos. Na orelha do livro, texto de ninguém menos que Zico, maior artilheiro da história do Maracana. O prefácio é de Zizinho, um dos maiores foras-de-série, grande craque da Copa de 50, cuja tragédia brasileira é contada.

Um dos melhores momentos do livro é quando Joao Máximo dá uma de treinador e escolhe os melhores jogadores que viu no Maracana. As feras do Joao Máximo foram escaladas em três capítulos. Pelé, Garrincha, Zico, Zizinho, Tostao, Didi, Nilton Santos, Beckenbauer, Maradona, Di Stefano e Puskas figuram nos dreamteams.

No final, 11 artigos, como os de Armando Nogueira, Oldemário Touguinhó e Araujo Netto, dao as loas ao templo sagrado. Ele merece.




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