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Mauricio volta atrás, sela pazes com Luiz Marinho e continua no PT e no Paço

Prefeito anuncia nas redes sociais que presidente da Fundação Criança fica até o ‘fim do mandato’

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/06/2015 | 07:01
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Divulgação


Mauricio Soares decidiu ficar no governo de Luiz Marinho (PT) e também no PT. Depois de, no fim de abril, anunciar que iria deixar a legenda e também pedir demissão da gestão petista, o ex-prefeito de São Bernardo teve sua presença confirmada por Marinho “até o fim do mandato” à frente da Fundação Criança.

Marinho e Mauricio participaram de posse de integrantes do conselho curador e do conselho fiscal da Fundação Criança, agenda pública compartilhada no perfil do prefeito nas redes sociais. “Tenho certeza que esses conselheiros exercerão muito bem sua função, além de dar o apoio e o respaldo necessários ao Mauricio até o fim do nosso mandato”, escreveu Marinho, no Facebook, explicitando que o período de crise não existe mais.

Com a decisão, Mauricio adiciona mais um capítulo de mudança política em seu currículo de vida pública. Ele foi prefeito pelo PT entre 1989 e 1992, governou a cidade mais duas vezes – pelo PSDB e PSB, entre 1997 e 2002 – e retornou ao petismo em 2008 por não aceitar o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) como candidato a prefeito naquela eleição. Esteve ao lado de diversos grupos políticos da cidade – muitos rivais históricos.

Em 24 de abril, também utilizou o Facebook para anunciar que deixaria o PT e o governo. Afirmou também que sairia candidato ao Paço em 2016 porque estava assistindo “pasmo às denúncias de corrupção, desvios de recursos públicos e todo tipo de irregularidade contra as quais dediquei toda a minha vida política”. Dias depois, se reuniu com o ex-prefeito William Dib (PSDB) e com o vereador Rafael Demarchi (PSD), com objetivo de construção de projeto próprio à Prefeitura.

Só que, uma semana depois do anúncio, se encontrou com Marinho. Cobrou mudança de postura do governo e demissões de secretários – entre eles a primeira-dama Nilza de Oliveira (Orçamento e Planejamento Participativo), Cleuza Repulho (Educação), José Albino (Governo) e Odete Gialdi (Saúde). Marinho negou todas as solicitações de Mauricio, que, mesmo assim, continuou na administração desde então, recebendo normalmente seu salário de R$ 19.216,35 mensais.

A controvérsia entre discurso contra o PT e prática de manutenção no Paço fez com que lideranças políticas da cidade enxergassem o movimento de maneira crítica. Houve até quem disseminasse a tese de candidatura auxiliar à do PT à Prefeitura, uma vez que o candidato predileto de Marinho, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli, ainda não decolou. Mauricio não retornou aos contatos da equipe do Diário.




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